sábado, 26 de abril de 2025

Timorenses prestaram última homenagem a Francisco no sábado em Tasi Tolu

Os timorenses vão prestar a última homenagem ao Papa, que morreu na segunda-feira, com a realização de uma missa no sábado em Tasi Tolu, local onde Francisco celebrou a eucaristia quando visitou Timor-Leste em setembro passado.

"A missa vai realizar-se no mesmo local onde o Santo Padre celebrou, com o objetivo de recordar as suas mensagens dirigidas ao povo, ao país e à juventude timorense", disse hoje à Lusa o vigário episcopal da Arquidiocese de Díli, Juvito Araújo.

"Depois do carinho do Papa por todos nós em setembro passado, as pessoas querem voltar a participar nesta celebração", salientou o padre.

A missa será celebrada a partir das 18:00 locais (10:00 em Lisboa) pelo bispo da diocese de Baucau, Leandro Maria Alves, no dia em que se realiza também o funeral do Papa Francisco.

Segundo o vigário episcopal da Arquidiocese de Díli, o próximo sábado será uma oportunidade para mostrar ao mundo, mais uma vez, o carinho que o povo timorense tem pelo Papa.

Francisco visitou Timor-Leste durante três dias, entre 09 e 11 de setembro de 2024, tendo celebrado uma missa para 600.000 pessoas em Tasi Tolu.

No evento, que está a ser organizado em conjunto pelo Governo e a igreja católica, espera-se a presença de entre 25 e 30 mil pessoas, que deverão usar t-shirts brancas com a imagem do Papa Francisco e chapéus.

"Os fiéis vindos de outras dioceses que desejem regressar a este local histórico podem fazê-lo, fazendo o percurso a pé, se necessário", afirmou o padre Juvito Araújo.

O padre Juvito Araújo pediu também aos fiéis para respeitarem as regras estabelecidas pelo Governo, já entregues à Polícia Municipal de Díli, para garantir uma celebração ordeira e segura.

O Papa Francisco morreu segunda-feira aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

O Governo timorense decretou luto nacional até à próxima segunda-feira.

Em Timor-Leste, com 1,3 milhões de habitantes, 98% da população é católica.

RTP | Lusa

PR de Timor-Leste satisfeito com "excelentes relações" com o Reino Unido

"Temos excelentes relações com o Reino Unido desde há muitos anos", afirmou hoje à agência Lusa, após um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, e a sub-secretária de Estado, responsável pela região do Indo-Pacífico, Catherine West. 

Ramos-Horta adiantou que o Reino Unido tem apoiado Timor-Leste no processo de adesão à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e na área da capacitação profissional. 

No ano passado, Londres reabriu a embaixada britânica em Díli e, no espaço de 10 meses, enviou dois membros do Governo à capital timorense para reforçar os laços bilaterais. 

O Presidente timorense garantiu hoje que este relacionamento não foi afetado pela deportação em julho de 2024 de três dezenas de imigrantes timorenses em situação ilegal pelo Ministério do Interior britânico. 

"O Reino Unido, a maneira como está a gerir a questão dos ilegais, merece o meu maior respeito. É um exemplo para outros países seguirem", afirmou à Lusa. 

Segundo Ramos-Horta, "eles têm tratado [os timorenses] com toda a dignidade e com todo o respeito", nomeadamente aqueles que aderiram ao programa de repatriação voluntária. 

Além do custo da viagem de regresso a Timor-Leste, os participantes neste regime recebem um pagamento único de 3.000 libras (cerca de 4.000 dólares, ou 3.500 euros), podendo candidatar-se a um visto de trabalho após cinco anos. 

Aqueles expulsos à força não podem voltar ao Reino Unido durante pelo menos 10 anos. 

"Os timorenses estão muito satisfeitos com essa maneira de tratar. (É) muito pacífico, sem qualquer problema. E revela os valores de uma sociedade", salientou.

A comunidade timorense no Reino Unido está estimada em 30.000 pessoas, sendo considerada a maior no estrangeiro. 

Durante a vista de trabalho a Londres, o Presidente timorense foi recebido no parlamento britânico pelo Presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, na quinta-feira. 

Durante o encontro, além do apoio à adesão à ASEAN, os dois discutiram a ajuda externa britânica para combater a desnutrição e o atraso no crescimento de crianças timorenses, adiantou fonte parlamentar à Lusa.

Na quarta-feira, Ramos-Horta também se encontrou com responsáveis da britânica Sunda Energy, à qual foi atribuída a exploração dos recursos de gás no campo Chuditch. 

Estudos realizados pela SundaGas confirmaram recursos contingentes de gás de 1,16 triliões de pés cúbicos (32,9 biliões de metros cúbicos) no campo de Chuditch, situado a 185 quilómetros a sul de Timor-Leste, além de recursos prospetivos adicionais em áreas adjacentes.

Ramos-Horta adiantou que este a possibilidade de a extração começar dentro de dois anos, providenciando receitas importantes enquanto se aguarda pela exploração do projeto Greater Sunrise, que deverá levar cerca de oito anos até chegar à fase de produção. 

"Significa que teremos uma ponte que nos dá uma margem financeira enquanto esperamos pelo Greater Sunrise, que é um grande campo e que garante o futuro de Timor por 30 a 40 anos", salientou.

A visita encerrou com uma palestra na universidade London Business School e uma reunião com o comité da ASEAN em Londres na embaixada da Indonésia. 

Ramos-Horta encurtou a viagem para poder assistir ao funeral do Papa Francisco em Roma no sábado, para onde segue ainda hoje, regressando depois a Díli. 

Sapo 24 | Lusa

Presidente de Timor-Leste condena ataque terrorista na parte indiana de Caxemira

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, condenou hoje o ataque terrorista na parte indiana de Caxemira, que provocou a morte a 28 pessoas.

"Timor-Leste condena com firmeza este ato bárbaro que ceifou vidas inocentes. Estendemos a nossa solidariedade ao Governo e ao povo da Índia, bem como às famílias enlutadas", afirmou o chefe de Estado timorense, numa carta enviada à homóloga indiana, Droupadi Murmu.

"Reafirmamos o nosso apoio às autoridades indianas na procura de justiça e na luta contra o terrorismo. Que as famílias das vítimas encontrem conforto e força para superar este momento de adversidade", acrescentou José Ramos-Horta, na carta divulgada pela Presidência timorense.

Na sequência do ataque, na terça-feira, a Índia anunciou o encerramento do principal posto fronteiriço com o Paquistão.

O ataque foi reivindicado por um grupo militante até agora desconhecido, que se intitula Frente de Resistência (FRT).

As autoridades indianas consideram que a FRT é um ramo da organização Lashkar-e-Taiba (LeT), um grupo militante paquistanês, responsável por violentos ataques na Índia no passado.

A região de Caxemira tem sido historicamente um ponto de conflito entre a Índia e o Paquistão desde a independência em 1947. Ambos os países reivindicam a soberania sobre o território.

RTP | Imagem: Ramos Horta - Joe Penney - Reuters

FUNERAL DO PAPA FRANCISCO, SEIS DIAS APÓS A MORTE

O funeral do Papa Francisco decorre este sábado, seis dias após a sua morte, numa cerimónia que será acompanhada por milhares de fiéis e dezenas de chefes de Estado e líderes de organizações, o que implicou medidas de segurança extraordinárias.

As cerimónias fúnebres do líder da Igreja Católica, que morreu na segunda-feira passada aos 88 anos, vítima de AVC, começam às 10h00 locais (menos uma hora em Lisboa) na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Cerca de 50 chefes de Estado e de uma dezena de monarcas, bem como líderes de organizações internacionais, num total de mais de 160 delegações internacionais, estarão presentes na cerimónia, que exigiu medidas reforçadas de segurança na região da capital italiana, Roma.

Líderes mundiais apertam mãos em sinal de paz

Cátia Carmo | há 17 minutos

A congregação presente na cerimónia é convidada, pelo cardeal Giovanni Battista Re, a dar apertos de mão, em sinal de paz.

É o último passo antes da Sagrada Comunhão, parte em que o pão e o vinho – corpo e sangue de Cristo – são oferecidos e levou a vários apertos de mão entre os líderes mundiais presentes.

Neste momento, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trocou breves palavras com a mulher, Melania, e começou a apertar aos mãos aos líderes mundiais à sua volta, incluindo o presidente francês, Emmanuel Macron.

Lágrimas entre a multidão

Cátia Carmo | há 24 minutos

Enquanto o cardeal Giovanni Battista Re dirige a oração eucarística, milhares de fiéis, na Praça de São Pedro, limpam as lágrimas que lhes escorrem pela face.

Há muita emoção à flor da pele entre as 200 mil pessoas que estão na cerimónia.

- Notícias ao Minuto | Lusa

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