terça-feira, 10 de abril de 2018

PR timorense espera que partidos aprendam com lições recentes


Os partidos políticos timorenses devem aprender com a "lição" que foi a dissolução do Parlamento Nacional procurando, depois das eleições antecipadas de 12 de maio, uma solução o mais convergente possível, disse o Presidente de Timor-Leste.

Em declarações à Lusa, Francisco Guterres Lu-Olo salientou que continuará a exercer as suas competências e a ser "medida de tudo", dentro do quadro legal e constitucional do país.

Questionado pela Lusa sobre a possibilidade de as eleições antecipadas voltarem a produzir um resultado político incerto - o país está numa crise política desde as legislativas de julho do ano passado - Lu-Olo mostrou-se esperançado numa solução acordada.

"Penso que há vontade clara dos partidos políticos de aprenderem com a lição desta vez, da dissolução do Parlamento Nacional. Por isso acho que teremos uma solução o mais convergente possível depois das eleições", afirmou.

Timor-Leste viveu nos últimos meses um período de grande tensão política com um Governo minoritário a ver chumbado pela oposição o seu programa e a proposta de Orçamento retificativo.

A oposição acabou depois por se unir numa aliança de maioria parlamentar, tendo o Presidente da República acabado por dissolver o parlamento e decidido convocar eleições antecipadas para 12 de maio.

Um total de quatro partidos e quatro coligações apresentam-se aos eleitores.

Lu-Olo deixou no fim de semana apelos diretos aos candidatos ao voto para que evitem, durante a campanha que começa na terça-feira, ataques pessoais, procurando debates centrados nos programas e nas propostas de desenvolvimento nacional.

O chefe de Estado falava na sede da Comissão Nacional de Eleições (CNE) no encerramento da cerimónia de assinatura de um pacto de unidade nacional por representantes dos oito partidos e coligações candidatos ao sufrágio.

"Temos de acabar com os insultos. Isso é uma forma de matar o caráter das pessoas. Como Presidente da República não posso continuar a admitir isso", declarou posteriormente à Lusa.

O Presidente da República de Timor-Leste disse fazer simplesmente apelos.
“Não é um crime público e não posso ir além de apelos. Mas peço que se garanta um espírito de respeito entre todos", considerou.

A campanha começa na terça-feira e decorre até 09 de maio.

Lusa | em SAPO TL

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