terça-feira, 11 de setembro de 2018

Serviço de transporte por aplicação de 'smartphone' Lais arrancou em Timor-Leste


Díli, 10 set (Lusa) - Timor-Leste tem oficialmente a funcionar desde este mês, depois de dois meses em teste, o seu primeiro serviço de marcação de transporte através de uma aplicação de 'smarthphone', o Lais, ou 'rápido' em tétum.

Para já o serviço só tem dois carros - com que tem testado a aplicação e começado a dar a conhecer o serviço na capital timorense - mas há já várias aplicações de registo de motoristas, explicou à Lusa Lawrence Lledo, responsável de operações da Lais.

A empresa timorense começou a ser desenvolvida há um ano e o processo mais demorado foi o registo na Apple, para que a aplicação pudesse estar disponível tanto nos telefones Android como nos iPhones.

"Demorou mais de meio ano a conseguirmos completar todos os registos na Apple porque Timor-Leste ainda não está totalmente reconhecido pela empresa", disse, recordando que os telefones desta marca ainda não oferecem serviços 4G no país.

"Tivemos que manter um longo processo negocial com a Apple e finalmente conseguimos ter tudo a funcionar e arrancámos em testes há cerca de dois meses", explicou.

Parte do grupo Instant Shop - uma das principais gráficas que operam em Timor-Leste - a Lais oferece um serviço normal e outro executivo, recorrendo a carros da frota de táxis que já opera em Timor-Leste.

Os condutores são assalariados mas, no futuro, haverá condutores privados independentes, explicou.

Segundo a responsável, o serviço funciona entre as 07:00 e as 23:00 e o pagamento tem de ser feito em dinheiro porque os cartões de crédito estão pouco difundidos no país.

O serviço é o mais tecnológico dos serviços de transportes de táxi ou equivalente em Timor-Leste onde são dominantes os 'famosos' táxis amarelos.

Há ainda um outro serviço, o Corrotrans que permite já marcação por telefone o que torna mais seguro o transporte, especialmente durante a noite e madrugada.

Outros serviços menos oficiais têm surgido e nos últimos dias, por exemplo, a Direção Nacional de Transportes Terrestres conduziu uma operação para travar veículos que anunciavam serviços de táxi sem licença correspondente.

A maior rede de transporte público do país continua a ser a de microletes, pequenas e coloridas carrinhas de transporte de passageiros, numeradas e que percorrem com itinerários pré-determinados praticamente toda a capital.

Para transportes intermunicipais há ainda 'biscotas', autocarros de maior dimensão.

ASP // VM

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