segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

China condena ativista pelos direitos humanos a dois anos de prisão


Pequim, 07 jan (Lusa) - Um tribunal chinês condenou o ativista pelos direitos humanos Zhen Jianghua a dois anos de prisão por "incitar à subversão contra o poder do Estado", informou hoje a organização não-governamental Amnistia Internacional (AI).

O Tribunal Popular Intermédio da cidade de Zhuhai, que faz fronteira com Macau, proferiu a sentença no final do mês passado.

Os julgamentos de ativistas na China decorrem muitas vezes durante o período de Natal e Ano Novo, quando muitos diplomatas ocidentais e jornalistas se encontram de férias.

Zhen, que tem uma década de experiência a trabalhar com comunidades marginalizadas do país asiático, é o fundador do portal "Human Rights Campaign in China".

A AI informou ainda que o julgamento do ativista de 33 anos decorreu à porta fechada, "o que gera sérias dúvidas sobre o seu direito a um julgamento justo".

Segundo a organização, Zhen foi condenado "apenas por exercer o seu direito à liberdade de expressão e associação".

O ativista lançou ainda uma campanha contra a censura na China e apoiou a educação e conscientização sobre o vírus da sida.

Zhen foi detido em 01 de setembro de 2017 e posteriormente mantido num local secreto. Em 28 de março foi formalmente acusado de "incitar a subversão contra o Estado".

Aquele crime é frequentemente usado pela justiça chinesa contra dissidentes, ativistas e advogados dos direitos humanos.

Durante a atual liderança do atual Presidente chinês, Xi Jinping, as autoridades reforçaram o controlo de académicos, advogados e jornalistas, segundo organizações não-governamentais.

JPI // FPA

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