quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Comércio entre a China e os países de língua portuguesa caiu 25,6% até junho


Macau, China, 12 ago (Lusa) -- As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa caíram 25,62% no primeiro semestre do ano, fixando-se em 48,11 mil milhões de dólares (43,36 mil milhões de euros), indicam dados oficiais.

Dados dos Serviços de Alfândega da China, publicados na página online do Fórum Macau, indicam que, entre janeiro e junho, a China comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 28,57 mil milhões de dólares (25,75 mil milhões de euros) -- menos 35,38% -- e vendeu produtos no valor de 19,53 mil milhões de dólares (17,6 mil milhões de euros), menos 4,53% em termos anuais.

O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 34,24 mil milhões de dólares (30,85 mil milhões de euros) até junho, menos 19,27% do que no período homólogo do ano passado.

As exportações da China para o Brasil atingiram 14,92 mil milhões de dólares (13,4 mil milhões de euros), traduzindo uma quebra de 7,99%, enquanto as importações totalizaram 19,32 mil milhões de dólares (17,41 mil milhões de euros), menos 26,24%.

Com Angola, o segundo parceiro chinês no universo da lusofonia, as trocas comerciais caíram 45,24% para um total de 10,42 mil milhões de dólares (9,39 mil milhões de euros) até junho.

Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 2,14 mil milhões de dólares (1,92 mil milhões de euros) -- mais 2,77% -- mas, em contrapartida, comprou mercadorias avaliadas em 8,28 mil milhões de dólares (7,46 mil milhões de euros), ou seja, menos de metade comparativamente a igual período do ano passado (-51,16%).

Já com Portugal, terceiro parceiro da China no universo de países de língua portuguesa, o comércio bilateral ascendeu a 2,15 mil milhões de dólares (1,93 mil milhões de euros) -- menos 5,89% --, numa balança comercial favorável a Pequim que vendeu a Lisboa bens de 1,41 mil milhões de dólares (1,27 mil milhões de euros) -- menos 4,14% -- e comprou produtos avaliados em 731 milhões de dólares (658,6 milhões de euros), ou seja, menos 9,12% em termos anuais homólogos.

Só em junho, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa cifraram-se em 9,79 mil milhões de dólares (8,82 mil milhões de euros), subindo 13,47% face ao mês anterior.

Os dados divulgados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de o país manter relações diplomáticas com Taiwan e não participar diretamente no Fórum Macau.

A China estabeleceu a Região Administrativa Especial como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne ao nível ministerial de três em três anos.

Um despacho do chefe do Executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, publicado na segunda-feira passada, prorrogou a duração do Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa até 03 de março de 2019.

DM // PJA

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