sábado, 18 de novembro de 2017

Embaixador de Portugal em Timor-Leste suspeito de cumplicidade na fuga do casal Guerra

Regularização documental para breve e libertação dos Guerra na Austrália

Timor-Leste exige explicações | Autoridades timorenses estão seriamente ofendidas com a eventual atitude da representação diplomática portuguesa

O embaixador de Portugal em Timor-Leste, Manuel Gonçalves de Jesus, vem sendo acusado pelo setor da Justiça timorense e pelos timorenses de ser suspeito de ter autorizado aos Guerra a obtenção de novos documentos de identificação, os que possuíam tinham-lhes sido retirados pelo Tribunal de Díli, (incluindo passaportes) quando Tiago e Fong Fong Guerra, foram considerados arguidos e depois condenados por crimes praticados (peculato) em Timor-Leste, possibilitando assim que se pusessem em fuga devidamente documentados para a Austrália a bordo de um barco que previamente fora acordado transportá-los para Darwin.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de ambos os países lusófonos estão em contacto, assim como já estabeleceram contacto com o seu homólogo australiano acerca do ocorrido no que envolve a arrojada fuga dos Guerra para a Austrália

Tiago e Fong Fong Guerra estão detidos pelas autoridades australianas devido ao facto de não possuírem os vistos para entrarem no país.

No que respeita às suspeitas de cumplicidade da Embaixada de Portugal em Timor-Leste e respetivo embaixador na fuga de Tiago Guerra e de Fong Fong Guerra, as autoridades timorenses pretendem que sejam apuradas responsabilidades e as devidas explicações por parte das autoridades portuguesas, concretamente do Ministério dos Negócios Estrangeiros. O que ainda não aconteceu no dizer de fontes afetas ao ministro Augusto Santos Silva, MNE português.

Sabe-se que na Austrália estão a ser desenvolvidos esforços para a regularização documental e respetiva libertação do casal português e o seu regresso a Portugal, onde pretendem que o seu processo judicial seja avaliado e se possível julgado.

"Essa manobra é considerada inaceitável. Seria como um atestado de menoridade e de incapacidade da justiça timorense e de desrespeito pela soberania de Timor-Leste." Assim referem agentes da justiça e políticos com representatividade parlamentar e governativa.

Beatriz Gamboa | Foto do embaixador Gonçalves de Jesus, em Embaixada de Portugal em Timor-Leste

1 comentário:

Unknown disse...

Este caso não deve ser motivo para prejudicar as relações entre os nossos queridos países Timor-Leste (Timor Lorosae)e Portugal. Talvez o melhor seja julgar os Guerra novamente em Portugal e cumprir todos os acordos judiciais e protocolares entre as duas nações. Como preço penso que o senhor Embaixador devia sair e deixar de representar Portugal em Timor .