quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Ensa e as telas: “Pintar é tornar o pensamento visível”

Antónia Martins | Diligente

Com apenas 27 anos, Ensa transforma pensamentos invisíveis em arte que motiva. As suas telas, focadas no universo feminino, abordam temas como coragem, resiliência e a busca pelos sonhos.

Lourença Francisca Ximenes, mais conhecida como Ensa, 27 anos, utiliza a pintura não só para expressar os seus pensamentos, mas também para inspirar mulheres a enfrentarem as adversidades da vida.

Entre as suas obras destaca-se “Behind the Expression” (Por detrás da expressão), que retrata um rosto entristecido, mas com flores na cabeça. “As pessoas gostam de julgar os outros, mesmo sem saber quem são ou o que estão a passar”, explica. É esta a essência de Ensa: transformar as dificuldades em arte que motiva. As mulheres são a grande inspiração para as suas criações.

Natural de Baguia, no município de Baucau, a artista timorense apaixonou-se pela arte visual aos 23 anos. O seu ponto de viragem deu-se quando ingressou na Arte Moris, escola de belas-artes, centro cultural e associação de artistas criada em 2003. Inicialmente, a jovem frequentava as aulas de forma descontraída, uma vez que estava a iniciar o curso de Educação Física no ensino superior. Contudo, a falta de identificação com a área levou-a a abandonar o curso universitário.

Em criança, Ensa nunca imaginou que um dia se tornaria pintora. No ensino básico, vivia num colégio em Baguia e, mais tarde, do 3.º ciclo ao ensino superior, passou a viver com o seu tio em Díli.

FMI prevê crescimento em Timor-Leste de 3,5% este ano

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que Timor-Leste termine este ano com um crescimento económico de 3,5% e uma inflação de 2,2%, depois da conclusão das consultas ao abrigo do artigo IV.

"Estima-se que o crescimento aumente para 3,5% em 2024, apoiado pela expansão orçamental e pelo forte crescimento do crédito. Prevê-se que uma expansão orçamental significativa em 2025 sustente o crescimento em 3,4% nesse ano", referiu o FMI, em comunicado.

O crescimento do produto interno bruto (PIB) não petrolífero "deverá permanecer modesto, em torno de 3%, o que corresponde a cerca de 1,5% em termos per capita", indicou.

As previsões de crescimento económico apresentadas em outubro pelo governo timorense apontam para um crescimento do PIB não petrolífero de 3,7% em 2024 e de 4,1% em 2005.

Em relação à inflação, o FMI salientou que deverá continuar a diminuir com uma "média de 2,2% em 2024 e de 1,5% em 2025, devido à moderação contínua dos preços globais das 'commoditie'", queda dos preços dos alimentos e pela diminuição de impostos introduzidos em 2023.

Sobre o Fundo Petrolífero de Timor-Leste, o FMI considerou que deve ser utilizado de "forma e produtiva e prudente" para aumentar a qualidade de vida dos timorenses, salientando que os gastos dos últimos 10 anos em relação à economia geraram "apenas um crescimento e desenvolvimento modestos".

"Timor-Leste mantém-se em risco moderado de sobre-endividamento global e externo, mas desequilíbrios fiscais elevados a médio prazo poderão esgotar totalmente o Fundo Petrolífero até ao final da década de 2030", advertiu o FMI.

A instituição financeira recomendou reformas fiscais e estruturais, a redução gradual dos gastos públicos e o começo da mobilização de receitas internas.