Lisboa, 28 ago 2020 (Lusa) -- A
companhia aérea portuguesa euroAtlantic deverá voar para Timor-Leste em 06 de
setembro, num voo comercial que tem por objetivo levar professores e trazer
cidadãos portugueses, confirmou à Lusa fonte da empresa transportadora.
Também segundo informações da
embaixada de Portugal em Díli, a que a Lusa teve acesso, o voo partirá de
Lisboa às 06:00 de 06 de setembro e chegará a Díli às 10:25 locais do dia 07.
A representação diplomática de
Portugal naquele país já está a divulgar por 'e-mail', para conhecimento de
todos os interessados, as condições e horários do voo, com base nas informações
que recebeu da agência de viagens "Sonhando", operador turístico da
euroAtlantic.
A partida de Díli está prevista
para as 08:00 de 08 de setembro com chegada a Lisboa às 22:30 do mesmo dia.
Para viajarem neste voo os
passageiros terão de apresentar o teste à covid-19 negativo, realizado até 48
horas antes do voo. Quem não apresentar o resultado do teste ser-lhe-á recusado
o embarque, informou o operador turístico.
Porém o voo está condicionado a
um número mínimo de passageiros, mas a companhia não refere quantos.
A embaixada de Portugal em Díli
já tinha informado, na quarta-feira, da possibilidade da realização de um voo
comercial que permitirá o regresso de professores portugueses a Timor-Leste e a
saída deste país de vários cidadãos portugueses.
Numa curta mensagem na sua página
na rede social Facebook a missão diplomática explicou que, a concretizar-se, o
voo ocorreria no início de setembro e seria operado pela euroAtlantic Airways.
O custo total da viagem será
suportado pelos passageiros, informou a embaixada, que solicitou a eventuais
interessados na deslocação para Timor-Leste ou na saída do país que
contactassem diretamente a secção consular.
O voo permitirá o regresso a
Timor-Leste de professores da Escola Portuguesa de Díli e do projeto CAFE
(Centros de Aprendizagem e Formação Escolar) que saíram no início de abril e
estão ainda sem poder regressar.
O voo foi proposto pela própria
EuroAtlantic em resposta à preocupação com a falta de ligações comerciais
regulares de e para Timor-Leste, suspensas indefinidamente desde final de
março.
A empresa já tinha operado no
início de abril um voo entre Díli e Lisboa que permitiu a saída de Timor-Leste
de cerca de 150 pessoas, a quase totalidade dos cidadãos portugueses.
As restrições continuam a
condicionar bastante as ligações de e para a ilha, com as autoridades de
aviação a manterem, por tempo indefinido, a proibição da realização de voos
comerciais regulares ou 'charters'.
Atualmente apenas operam voos da
Austrália, através de um acordo com a AirNorth -- praticamente limitados a
cidadãos australianos -- e um voo quinzenal do Programa Alimentar Mundial (PAM)
com acesso restrito a funcionários de embaixadas e missões internacionais,
colaboradores e membros das agências das Nações Unidas.
Uma situação que torna impossível
a outros cidadãos, tanto timorenses como estrangeiros, entrar ou sair do país,
isolado desde março.
Residentes em Timor-Leste que não
conseguem regressar, timorenses e outros que precisam de sair, inclusive para
receberem tratamentos médicos, turistas que estão retidos no país há vários
meses, entre outros, continuam sem solução.
Timor-Leste tem relaxado as
medidas de controlo, mantendo fortes restrições à entrada aérea -- estão proibidos
voos comerciais -- e limites nas entradas terrestres, continuando a conduzir
para quarentena ou auto confinamento todos os que chegam ao país.
Timor-Leste tem atualmente um
caso ativo de covid-19, mas a preocupação no país tem vindo a crescer devido ao
aumento no número de infetados nos países vizinhos, quer na Indonésia, quer na
Austrália.
Recentemente, o Governo timorense
anunciou mais restrições nas entradas de pessoas na fronteira terrestre,
permitindo a abertura apenas a cada 17 dias, como medida para responder às
limitações atuais nos locais de quarentena, no âmbito da resposta à covid-19.
Desde 11 de agosto, as fronteiras
terrestres com a Indonésia passaram a estar abertas apenas quatro horas a cada
17 dias, com um limite máximo de entrada de 200 pessoas e a prioridade a ser
dada a cidadãos timorenses.
O Governo informou que todos os
cidadãos nacionais e estrangeiros que queiram entrar no país, por terra ou ar,
têm obrigatoriamente de cumprir um período de 14 dias de quarentena.
Antes de entrar no país, têm de
solicitar autorização, apresentando testes negativos de covid-19.
A pandemia de covid-19 já
provocou pelo menos 832 mil mortos e infetou mais de 24,5 milhões de pessoas em
196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um
novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da
China.
ATR/ASP // LFS
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