Regressado a Portugal comecei a ter tempo para me inteirar da actualidade nacional e também da actualidade timorense. Tive conhecimento de uma entrevista que o Presidente Ramos Horta concedeu à rádio portuguesa TSF, fui ouvi-lo.
Bastante sereno e sem titubear, o Presidente Ramos Horta respondeu às perguntas de Manuel Acácio quase sem ter se corrigir. Foram declarações fluentes que a quem as ouviu deram a sensação de estar seguro daquilo que estava a dizer. Essa foi a sensação que nos deixou.
Evidentemente que o Presidente timorense falou sobre o país segundo a sua perspectiva e também com uma grande dose de usar o que fosse politicamente correcto. Assegurou inclusive que Timor não é um estado falhado, como alguns querem fazer querer, e citou os jornalistas – possivelmente a pensar em artigos de jornalistas como Matt Crok, australiano, ou então de Pedro Rosa Mendes, português quase permanente em Timor-Leste, outros há.
O Presidente “esqueceu-se” de dizer que aqueles que querem fazer crer que Timor-Leste é um estado falhado não são jornalistas mas sim algumas personalidades que até o cumprimentam com “amizade efusiva” nas suas visitas oficiais, assim como certos embaixadores, empresários e “benfeitores” que ele recebe em Díli.
Esqueceu-se ainda o Presidente Ramos Horta de dizer o que pensa relativamente ao tão pouco que o governo está a fazer pelos “seus pobres”, conforme já o referiu intimamente e em reservado a pessoas de suas relações e confiança, assim como ao próprio primeiro-ministro Gusmão.
Compreende-se que não conviesse ao Presidente Horta entrar por estas vias de conversação, seria o politicamente errado. Mas é bom que se saiba aquilo que ele de facto pensa sobre o seu país, pelo menos em Portugal se em Timor-Leste não pode ser para não perturbar a “estabilidade”.
O Presidente Ramos Horta anunciou o seu projecto de nomear Díli Cidade da Paz e de fazer acompanhar esta nomeação com trabalho que promova a Paz na capital e no país. Ramos Horta certamente que se esqueceu de informar como é que a juventude e todos os envolvidos neste programa vão ocupar o resto do tempo diário para além das duas ou três horas semanais das “actividades pacíficas”. Sabendo certamente que a ociosidade é parceira do disparate, do crime, das alterações de humor e deformações de personalidades devido a ser acompanhada da ausência de um ordenado que assegure a subsistência.
Não se sabe exactamente aquilo que pensa o Presidente. Seria útil e interessante que tomasse em linha de conta todos estes factores e também os que estudiosos e técnicos devidamente sábios sobre estas disciplinas lhe pudessem avançar e até serem os mentores e dirigentes de tal programa.
Na generalidade, a entrevista que Ramos Horta deu à TSF, foi estimulante e mostrou a vontade de podermos voltar a acreditar em Timor-Leste, contudo devemos considerar o défice democrático instaurado por este governo, a corrupção avultada e de colarinhos bastante alvos, a tomada dos tribunais e da polícia, assim como a já visível tomada do exército que o primeiro-ministro Gusmão tem posto em prática, assegurando-se que põe nos comandos não só pessoas de sua confiança mas principalmente pessoas sobre as quais tem ascendência e controlo.
Por enquanto, mesmo assim, vale a pena ainda acreditar em Timor. Queremos ainda mais.
Bastante sereno e sem titubear, o Presidente Ramos Horta respondeu às perguntas de Manuel Acácio quase sem ter se corrigir. Foram declarações fluentes que a quem as ouviu deram a sensação de estar seguro daquilo que estava a dizer. Essa foi a sensação que nos deixou.
Evidentemente que o Presidente timorense falou sobre o país segundo a sua perspectiva e também com uma grande dose de usar o que fosse politicamente correcto. Assegurou inclusive que Timor não é um estado falhado, como alguns querem fazer querer, e citou os jornalistas – possivelmente a pensar em artigos de jornalistas como Matt Crok, australiano, ou então de Pedro Rosa Mendes, português quase permanente em Timor-Leste, outros há.
O Presidente “esqueceu-se” de dizer que aqueles que querem fazer crer que Timor-Leste é um estado falhado não são jornalistas mas sim algumas personalidades que até o cumprimentam com “amizade efusiva” nas suas visitas oficiais, assim como certos embaixadores, empresários e “benfeitores” que ele recebe em Díli.
Esqueceu-se ainda o Presidente Ramos Horta de dizer o que pensa relativamente ao tão pouco que o governo está a fazer pelos “seus pobres”, conforme já o referiu intimamente e em reservado a pessoas de suas relações e confiança, assim como ao próprio primeiro-ministro Gusmão.
Compreende-se que não conviesse ao Presidente Horta entrar por estas vias de conversação, seria o politicamente errado. Mas é bom que se saiba aquilo que ele de facto pensa sobre o seu país, pelo menos em Portugal se em Timor-Leste não pode ser para não perturbar a “estabilidade”.
O Presidente Ramos Horta anunciou o seu projecto de nomear Díli Cidade da Paz e de fazer acompanhar esta nomeação com trabalho que promova a Paz na capital e no país. Ramos Horta certamente que se esqueceu de informar como é que a juventude e todos os envolvidos neste programa vão ocupar o resto do tempo diário para além das duas ou três horas semanais das “actividades pacíficas”. Sabendo certamente que a ociosidade é parceira do disparate, do crime, das alterações de humor e deformações de personalidades devido a ser acompanhada da ausência de um ordenado que assegure a subsistência.
Não se sabe exactamente aquilo que pensa o Presidente. Seria útil e interessante que tomasse em linha de conta todos estes factores e também os que estudiosos e técnicos devidamente sábios sobre estas disciplinas lhe pudessem avançar e até serem os mentores e dirigentes de tal programa.
Na generalidade, a entrevista que Ramos Horta deu à TSF, foi estimulante e mostrou a vontade de podermos voltar a acreditar em Timor-Leste, contudo devemos considerar o défice democrático instaurado por este governo, a corrupção avultada e de colarinhos bastante alvos, a tomada dos tribunais e da polícia, assim como a já visível tomada do exército que o primeiro-ministro Gusmão tem posto em prática, assegurando-se que põe nos comandos não só pessoas de sua confiança mas principalmente pessoas sobre as quais tem ascendência e controlo.
Por enquanto, mesmo assim, vale a pena ainda acreditar em Timor. Queremos ainda mais.
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