sexta-feira, 12 de junho de 2015

Ex-chefe chinês da Segurança condenado a prisão perpétua "assumiu-se como culpado"


Pequim, 11 jun (Lusa) - O ex-chefe da Segurança da China cuja condenação a prisão perpétua foi anunciada hoje, Zhou Yongkang, "assumiu-se como culpado e não vai recorrer da sentença", disse a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.

O julgamento decorreu num tribunal de Tianjin, norte da China, no passado dia 22 de maio, mas devido à natureza de um dos crimes imputados a Zhou Yongkang ("divulgação de segredos de Estado"), a audiência realizou-se à porta fechada, indicou a mesma fonte.
A Xinhua não precisa a natureza do referido "segredos de Estado".

Zhou Yongkang, 73 anos, é o mais alto líder chinês condenado por corrupção desde a fundação da Republica Popular da China, em 1949.

Citando o tribunal de Tianjin, a Xinhua adiantou que Zhou recebeu subornos no valor de cerca de 130 milhões de yuan (cerca de 19,2 milhões de euros).

O antigo líder "aproveitou-se da sua posição para proporcionar lucros a cinco outras pessoas" e "foi informado" que a sua mulher, Jia Xiaoye, e um dos filhos, Zhou Bin, aceitaram dinheiro e bens no valor de 129 milhões de yuan (19 milhões de euros), anunciou também o tribunal.

O principal noticiário da televisão chinesa, difundido às 19:00 (12:00 em Lisboa) pelo primeiro canal da CCTV (Televisão Central da China), em simultâneo com varias estações provinciais, mostrou imagens de Zhou Yongkang a ouvir a sentença pronunciada pelos juízes do Tribunal de 1.ª Instância de Tianjin.

Para a atual liderança do PCC, a prisão de Zhou Yongkang, no ano passado, "provou que ninguém está acima da lei".

Zhou Yongkang era considerado um aliado de Bo Xilai, ex-lider do PCC no maior município do país, Chongqing, e uma das estrelas da política chinesa, condenado também a prisão perpétua, em setembro de 2013

AC // JMR

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