Pequim, 07 jan (Lusa) - Um
tribunal chinês condenou o ativista pelos direitos humanos Zhen Jianghua a dois
anos de prisão por "incitar à subversão contra o poder do Estado",
informou hoje a organização não-governamental Amnistia Internacional (AI).
O Tribunal Popular Intermédio da
cidade de Zhuhai, que faz fronteira com Macau, proferiu a sentença no final do
mês passado.
Os julgamentos de ativistas na
China decorrem muitas vezes durante o período de Natal e Ano Novo, quando
muitos diplomatas ocidentais e jornalistas se encontram de férias.
Zhen, que tem uma década de
experiência a trabalhar com comunidades marginalizadas do país asiático, é o
fundador do portal "Human Rights Campaign in China".
A AI informou ainda que o
julgamento do ativista de 33 anos decorreu à porta fechada, "o que gera
sérias dúvidas sobre o seu direito a um julgamento justo".
Segundo a organização, Zhen foi
condenado "apenas por exercer o seu direito à liberdade de expressão e
associação".
O ativista lançou ainda uma
campanha contra a censura na China e apoiou a educação e conscientização sobre
o vírus da sida.
Zhen foi detido em 01 de setembro
de 2017 e posteriormente mantido num local secreto. Em 28 de março foi
formalmente acusado de "incitar a subversão contra o Estado".
Aquele crime é frequentemente
usado pela justiça chinesa contra dissidentes, ativistas e advogados dos
direitos humanos.
Durante a atual liderança do
atual Presidente chinês, Xi Jinping, as autoridades reforçaram o controlo de
académicos, advogados e jornalistas, segundo organizações não-governamentais.
JPI // FPA
Sem comentários:
Enviar um comentário