terça-feira, 22 de abril de 2025

G7+ continuará a denunciar hipocrisia na aplicação do direito internacional, garante Xanana

Xanana Gusmão apelou à comunidade internacional para "que o direito internacional não sirva só para se aplicar a alguns", referindo-se às atitudes distintas em relação às guerras em Gaza e na Ucrânia.

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, disse esta quinta-feira que a organização intergovernamental g7+ vai continuar a denunciar a hipocrisia dos países na aplicação e cumprimento do direito internacional.

“Vamos continuar a apelar para a comunidade internacional para que o direito internacional não sirva só para se aplicar a alguns e a outros não“, afirmou o chefe do executivo, quando questionado sobre a reunião ministerial daquela organização, que tem início sexta-feira em Díli.

Xanana Gusmão, que falava após o encontro semanal com o chefe de Estado, tem criticado publicamente a aplicação do direito internacional, que considera não estar a ser feita de forma consistente, mas seletiva, levando a que os conflitos internacionais não sejam tratados com igual importância.

No final do ano passado, o líder timorense criticou a Cimeira de Paz na Ucrânia, realizada em Genebra, salientando que saiu desiludido por não se ter falado de diálogo ou reconciliação, mas apenas de dinheiro, de comprar mais armas, ou seja, um “exercício de reafirmação da vontade de continuar a guerra”.

“Expressei, em nome do g7+ também, que a grande hipocrisia dos grandes países é falarem muito do direito internacional, que só se aplica a alguns”, disse Xanana Gusmão, explicando que a aplicação varia conforme se fala da Ucrânia ou de Gaza.

A capital de Timor-Leste vai receber sexta-feira e sábado a sexta reunião ministerial do g7+ que junta pela primeira vez os chefes da diplomacia da organização, que assinala 15 anos de existência.

O g7+ é um fórum no qual os países-membros procuram influenciar o discurso global sobre paz, estabilidade e resiliência, bem como definir ações conjuntas para atingir aqueles objetivos.

A organização intergovernamental foi estabelecida em 10 de abril de 2010, em Díli, e surgiu com a preocupação, partilhada pelos Estados-membros, de que a cooperação tradicional para o desenvolvimento não melhorava a situação das nações frágeis.

Afeganistão, Burundi, República Centro-Africana, Chade, Comores, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Haiti, Libéria, Papua-Nova Guiné, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa, Ilhas Salomão, Somália, Sudão do Sul, Timor-Leste, Togo e Iémen são os Estados-membros do g7+.

Sobre a organização, Xanana Gusmão disse também que “há um problema interno“, referindo-se ao facto de ser constituída por estados frágeis, muitos dos quais afetados por conflitos.

“Temos de continuar a apoiar-nos uns aos outros para sair da situação de conflito, de falta de unidade e entrar num ambiente de mais tolerância, de mais unidade nacional”, afirmou o primeiro-ministro.

Xanana Gusmão destacou, contudo, que há países do g7+ que “fizeram um esforço enormíssimo e estão a ser exemplo de conquistas democráticas“.

O g7+ tem estatuto de observador permanente junto da Assembleia-Geral da ONU desde dezembro de 2019 e na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa desde julho de 2021.

Observador | Lusa | Imagem: Vincent Thian/Pool/EPA

FUNERAL DO PAPA FRANCISCO SERÁ NO SÁBADO

Acompanhe os últimos acontecimentos no Vaticano, e no mundo, após a morte do Papa Francisco. 

O Papa Francisco morreu, na manhã de segunda-feira, aos 88 anos, após ter sofrido um AVC que conduziu ao coma e a uma paragem cardíaca irreversível, na residência na Casa Santa Marta, na Cidade do Vaticano. 

As cerimónias fúnebres do Sumo Pontífice vão realizar-se no sábado, dia 26 de abril, às 10h00 (09h00, em Lisboa), na Praça de São Pedro. Já amanhã, quarta-feira, o corpo de Francisco será levado para a Basílica de São Pedro.

O Vaticano entrou no período de 'Sede Vacante', liderado pelo cardeal camerlengo Kevin Farrell, até que seja eleito um novo Papa no conclave, que será realizado dentro de um mês.

"Morte não é o fim. É um novo começo"

Lusa | há 31 minutos

"A morte não é o fim de tudo, mas o início de algo. É um novo começo, como o título [do livro de Scola] claramente realça, porque a vida eterna, que aqueles que amam já experimentam na Terra nas suas atividades quotidianas, é o início de algo que nunca terminará", afirmou o Papa num texto inédito que está no prefácio dum livro do cardeal Angelo Scola, a ser lançado em 24 de abril.

"E é precisamente por isso que é um novo começo, porque experimentaremos algo que nunca experimentámos plenamente: a eternidade", referiu.

Recorde o testamento do Papa Francisco

Notícias ao Minuto | há 50 minutos

O Papa Francisco quer ser sepultado em Santa Maria Maggiore, entre a Capela Paulina e a Capela Sforza, num "túmulo na terra, simples", "sem decorações particulares e com uma única inscrição: Franciscus".

Note-se que Francisco será o primeiro Papa, em mais de um século, que não ficará sepultado na cripta da Basílica de São Pedro. 

Cardeais já decidiram data do funeral do Papa Francisco

Maria Gouveia | há 1 hora

O Vaticano avançou que o funeral do Papa Francisco vai realizar-se no sábado, dia 26 de abril, às 10h00 (09h00, em Lisboa).

China apresenta condolências após morte de Francisco

Maria Gouveia | há 1 hora

A China lamentou a morte do Papa Francisco, esta terça-feira, através do porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Guo Jiakun. 

"A China expressa as suas condolências pela morte do Papa Francisco. Nos últimos anos, a China e a Santa Sé mantiveram contactos construtivos e iniciaram intercâmbios frutíferos", disse o porta-voz numa conferência de imprensa, citada pelo Corriere Della Sera.

"Era ateu". Menino quis saber se pai tinha ido para o céu após morrer

Notícias ao Minuto | há 2 horas

Em 2018, o Papa Francisco teve um encontro comovente com uma criança, numa paróquia de Roma, em Itália.

O menino, Emanuele, chamado a fazer uma questão ao Sumo Pontífice, desatou em lágrimas, sem conseguir falar.

Francisco pediu que se aproximasse, abraçou-o e com ele trocou algumas palavras, que o santo padre pediu autorização para partilhar com o público presente.

Entre três a cinco dias de luto em Itália após morte do Papa

Maria Gouveia | há 2 horas

De acordo com o Corriere Della Sera, o Conselho de Ministros italiano vai reunir-se hoje, às 11h00 (10h00, em Lisboa) e deverá decretar entre três a cinco dias de luto nacional pela morte do Papa Francisco.

Notícias ao Minuto | Lusa (parcial) | Imagem: © Franco Origlia/Getty Images

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