20 anos volvidos recordam-se as vítimas do assassino indonésio Suharto, há 10 anos que Timor-Leste é uma nação independente. Cumpriu-se a vontade das centenas de milhares que morreram pela pátria timorense. A luta, de mais de duas décadas, daqueles que pereceram e de bastantes que sobreviveram cumpriu os objetivos de libertar o país do jugo dos militares assassinos indonésios.
Com as oscilações naturais de um país em formação, Timor-Leste vai cumprindo o seu ideal de país livre. Falta imenso para cumprir o prometido pelos lideres, a sua democracia e a justiça são muito deficitárias, os cuidados de saúde ainda não chegam convenientemente a todos os timorenses, existem bastantes casos de carências alimentares, muito desemprego, escassas infraestruturas, falta ainda conseguir um mundo de condições condignas para uma vasta maioria de timorenses e é nas suas mãos, na sua contínua luta que reside a possibilidade de Timor-Leste ser um país melhor, digno, como digno é o seu povo.
A homenagem, a romaria, contendo muitos milhares de timorenses, sobrelota o cemitério de Santa Cruz, em Díli no dia de hoje. Assite-se a choros contidos, de familiares e amigos das centenas de timorenses que em 12 de Novembro de 1991 foram assassinados naquele mesmo local pelos militares e policias da Indonésia, uma amalgama de sentimentos farão hoje parte das saudades e mágoas dos sobreviventes ao genocidio indonésio. Hoje mais que noutros dias, talvez. Resta o sabor da vitória e de olharem e viverem num país que é o seu, é Timor-Leste.
Glória aos que tombaram.
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