Pequim,
18 jul (Lusa) -- O governo chinês anunciou hoje que aviões de combate da força
aérea nacional realizaram patrulhas nas ilhas do mar do Sul da China, e avisou
que estas ações serão "regulares".
"A
força aérea defenderá convictamente a soberania nacional, a segurança e os
interesses marítimos, salvaguardará também a paz, a estabilidade regional e irá
abordar os vários desafios e ameaças", disse o porta-voz daquele ramo das
forças armadas chinesas.
Shen
Jinke disse, em declarações à agência noticiosa Xinhua, que a força aérea
procura melhorar as suas capacidades de combate face às "ameaças de
segurança" que o país enfrenta, quase uma semana depois do Tribunal
Permanente de Arbitragem de Haia negar a Pequim as suas reclamações marítimas.
Shen
explicou que foram enviados recentemente bombardeiros H-6K, e outros aviões de
combate para vigiar as ilhas e recifes do mar do Sul da China, entre eles está
o atol de Scarborough ("Huangyan Dao" para os chineses), que é
disputado pela China e as Filipinas, tendo sido ocupado por Pequim em 2012.
Paralelamente
a estas patrulhas, a Administração de Segurança Marítima da China anunciou hoje
novas manobras navais militares na região, pelas quais irá fechar o acesso a
estas águas entre terça-feira e quinta-feira.
A
China já proibiu o acesso às águas à volta das ilhas Paracel, controladas por
Pequim e também reivindicadas pelo Vietname e Taiwan, entre os dias 05 e 11 de
julho para a realização de exercícios militares.
Todos
estes movimentos produzem-se quando ainda não passou uma semana de que o
Tribunal Permanente de Arbitragem da Haia se pronunciou a favor das
reivindicações das Filipinas na disputa contra a China pela soberania do atol
Scarborough e o arquipélago Spratly.
Pequim
considera que o tribunal de Haia não tinha competência para julgar o caso.
IZB/EL
// EL
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