Díli,
26 abr (Lusa) - O Governo timorense quer alargar aos emigrantes residentes na
Coreia do Sul e no Reino Unido a possibilidade de votar nas próximas eleições
legislativas, ampliando uma opção facultada a residentes em Portugal e na
Austrália nas recentes presidenciais.
O
assunto foi debatido na terça-feira em Conselho de Ministros que aprovou uma
resolução de "atualização do recenseamento eleitoral no estrangeiro para a
próxima eleição parlamentar", como refere um comunicado de hoje do
executivo.
Antes
das operações de recenseamento, o Secretariado Técnico da Administração
Eleitoral (STAE) vai promover uma campanha de divulgação pública, que
"inclui a distribuição de informação sobre o recenseamento eleitoral no
estrangeiro" destinado às comunidades timorenses.
Alcino
Baris, presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) timorense, explicou à
Lusa que o Governo pretende avaliar todas as condições associadas ao
recenseamento nos outros países "antes de considerar estabelecer ou não um
centro de votação" fora de Portugal ou da Austrália.
"O
objetivo é começar a nova fase de recenseamento em maio e depois decidir
finalmente onde teremos centro de votação", explicou Baris.
Pela
primeira vez desde que Timor-Leste é independente, os timorenses que residiam
na Austrália e em Portugal puderam votar nas eleições presidenciais do passado
dia 20 de março.
Antes
disso, a única vez em que timorenses fora de Timor-Leste puderam votar ocorreu
no referendo de 30 de agosto de 1999, ou seja antes da restauração da independência,
não tendo podido participar em qualquer dos atos eleitorais conduzidos desde
aí.
Nas
eleições presidenciais estavam recenseados para votar 886 eleitores na
Austrália (228 em Darwin e 658 em Sydney) e 512 em Lisboa.
ASP
// VM
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