sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

A flagrante e vil desumanidade de Portugal para com imigrantes de Timor-Leste

Foi-lhes dado um ultimato: ou aceitavam ir para um qualquer canto desconhecido do país, onde não lhes era assegurado acompanhamento, ou lhes era retirado o único apoio até aqui prestado: um teto. Desumanidade, descoordenação e manifesta insuficiência: assim se regem as políticas de acolhimento de imigrantes.

Lisboa “ganhou” na segunda-feira mais nove sem-abrigo, o mais novo com dezanove anos. Estão a dormir em tendas cedidas pela sociedade civil. À chuva. A história de cada um deles tem contornos distintos, mas uma matriz comum: um sistema e instituições desumanos que não se compadecem com os direitos de quem procura uma vida digna.

Não são os primeiros sem-abrigo timorenses a morar nas ruas de Lisboa. Depois de um grupo alargado de mais de 40 pessoas a viver no largo do Martim Moniz, também o Terreiro do Paço, junto ao cais fluvial, chegou a acolher perto de 70 pessoas. O longo período em que estes imigrantes estiveram sem respostas adequadas daria para escrever várias linhas, ou talvez vários artigos, mas agora urge falar sobre o presente, e sobre os desafios com que nos defrontamos... 

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