quinta-feira, 9 de abril de 2015

Problemas na cooperação educativa Timor-Portugal estão a ser resolvidos - deputados



Díli, 08 abr (Lusa) - O responsável de uma delegação parlamentar portuguesa mostrou-se hoje confiante que os problemas, de parte a parte, que têm afetado a cooperação a nível da educação entre Portugal e Timor-Leste estão a ser resolvidos.

Arménio Santos (PSD) falava à agência Lusa em nome de uma delegação de deputados do Grupo Parlamentar de Amizade (GPA) Timor-Leste-Portugal, composta ainda por Antónia Almeida Santos (PS), Inês Teotónio Pereira (CDS-PP), João Ramos (PCP) e Helena Pinto (BE).

"Há alguns problemas de parte a parte, mas ouvimos uma grande vontade e uma grande determinação em superar essas posições que têm estado a atrapalhar o regular funcionamento do projeto de cooperação existente entre Portugal e Timor-Leste", disse.

Os temas da educação e, em particular, do ensino do português em Timor-Leste marcaram parte da agenda das reuniões que os deputados mantiveram com as várias bancadas do Parlamento Nacional timorense e ainda, hoje com o ministro de Estado e Coordenador de Assuntos Sociais e ministro da Educação timorense, Fernando La Sama Araújo.

Um dos aspetos mais polémicos tem sido os repetidos atrasos, que se repetem há dois anos, no envio por Portugal de professores para Timor-Leste no âmbito do projeto das "escolas de referência", agora conhecidas como Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE).

Quase 50 professores que foram contratados em setembro do ano passado para lecionar em Timor-Leste continuam sem chegar a Díli, tendo o Ministério da Educação português no final de fevereiro justificado à Lusa o atraso com a mudança de Governo em Timor-Leste e apontando o mês de março como data provável para a deslocação dos docentes.

"Esses atrasos estão a ser resolvidos e já neste mês, tanto quanto nos foi transmitido pelo senhor ministro da Educação, chegarão a Timor 30 professores", disse Arménio Santos.

Do lado timorense, garantiu, está também a ser regularizado o atraso no pagamento de complementos aos professores - algo que compete a Timor-Leste no âmbito do protocolo - que se deveu à mudança do Governo e aprovação do Orçamento retificativo para 2015.

Até sábado, os deputados têm previsto encontros, entre outros, com o Presidente da República, Taur Matan Ruak, com o ministro de Estado, Coordenador de Assuntos Económicos e ministro da Agricultura e Pescas, Estanislau da Silva, e com o presidente do Parlamento Nacional, Vicente da Silva Guterres.

ASP // VM

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