A Comissão Nacional de Eleições
validou quatro coligações pré-eleitorais que se vão apresentar às eleições
parlamentares de 12 de maio em Timor-Leste, estando agora a decorrer o prazo
para apresentação de listas de candidatos, disse o presidente do órgão eleitoral.
O presidente da Comissão Nacional
de Eleições, Alcino Baris, confirmou hoje à Lusa que na reta final do prazo de
registo de coligações, que terminou no domingo, se apresentou uma quarta
coligação, o Movimento Social Democrata (MSD).
Segundo explicou, o MSD é
composto pelo Partido Social Democrata (PSD), Partido Socialista de Timor
(PST), Partido Centro Ação Social Democrata Timorense (CASDT) e Partido
Democrata Cristão (PDC).
O MSD junta-se à Frente de
Desenvolvimento Democrático (FDD) – a primeira a completar todos os requisitos
para poder concorrer às eleições antecipadas de 12 de maio - e que integra
quatro partidos políticos que se apresentaram separadamente nas eleições
parlamentares de 2017: o Partido de Unidade e Desenvolvimento Democrático
(PUDD), a União Democrática Timorense (UDT), a Frente Mudança (FM) e o Partido
Desenvolvimento Nacional (PDN).
Foi também validada a Aliança de
Mudança para o Progresso (AMP), que reúne as três maiores forças da oposição, o
Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), o Partido Libertação
Popular (PLP) e o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO).
A outra coligação é o Movimento
de Desenvolvimento Nacional (MDN), que reúne quatro partidos que também se
apresentaram separadamente em 2017.
Em concreto, agrupa a Associação
Popular Monarquia Timorense (APMT), o Partido Liberta Povo Aileba (PLPA), o
Partido Movimento Libertação Povo Maubere (MLPM) e a Unidade Nacional
Democrática da Resistência Timorense (Undertim).
As coligações formadas reúnem 15
dos 21 partidos que se apresentaram nas eleições do ano passado em que apenas
existiu uma única coligação, o Bloco de Unidade Popular (BUP), que reuniu o
Partido Milenium Democrático (PMD), o Partido Democrática República de Timor
(PDRT) e o Partido Liberta Povo Aileba (PLPA), este último integrado agora no
MSD.
Além da Frente Revolucionária do
Timor-Leste Independente (Fretilin) - a mais votada em 2017 - e do Partido
Democrático (PD) - quarta força em 2017 -, que se devem apresentar
separadamente mas com um acordo pré-eleitoral, os únicos outros partidos que
foram a votos em 2017 e que não estão agora coligados são o PEP, o PDP, o PR e
o PTD.
Recorrendo à calculadora
disponibilizada pela Comissão Nacional de Eleições, a Lusa fez uma simulação da
eventual distribuição de lugares, aplicando o número de votos obtidos pelos
partidos políticos nas eleições de 2017 e a barreira de 4% dos votos válidos,
mínimo necessário para eleger deputados.
Se os partidos e coligações
obtivessem os mesmos votos que em 2017, então a AMP teria 46,88% dos votos, o
que lhe daria 33 lugares no Parlamento Nacional e maioria absoluta.
A Fretilin passaria a ser o
segundo mais votado com 29,91% e 21 lugares (menos dois que atualmente) e o PD
ficaria em terceiro com 9,87% e seis cadeiras, também menos duas que
atualmente.
A FDD seria a única outra força
no parlamento com 7,07% dos votos, suficiente para cinco lugares. Nenhuma outra
coligação ou partido conseguirá superar a barreira de 4% dos votos válidos.
O sorteio do boletim de voto para
as eleições deverá ser feito entre 03 e 04 de abril e a campanha eleitoral
decorre entre 10 de abril e 09 de maio.
Lusa | em SAPO TL
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