Díli, 16 mai 2019 (Lusa) -- O
Governo timorense pediu hoje aos média para colaborarem numa mensagem de apelo
aos cidadãos para cumprirem os seus deveres cívicos, dando como exemplos
questões como o lixo ou o trânsito, que exigem o apoio de todos.
"Trata-se de fazer um
balanço precário e difícil entre o direito e o dever de todos. Temos, por
vezes, um foco excessivo nos direitos, mas sem focos no dever cívico do
cidadão", afirmou hoje o ministro da Reforma Legislativa e Assuntos
Parlamentares, Fidelis Magalhães.
"Os média podem contribuir
para fortalecer o espírito e a noção de dever cívico. Nenhum Governo consegue
resolver tudo. E os média podem contribuir para a responsabilidade do dever
cívico do cidadão", disse ainda.
Num encontro com jornalistas em
Díli, Fidelis Magalhães reafirmou a importância do papel da comunicação social
"na construção da nação e no processo de desenvolvimento" do país.
Os responsáveis da comunicação
social timorenses e da Lusa foram convidados para um 'briefing' sobre "o
Estado do Governo" no Palácio do Governo em Díli, convocado para
"cimentar a parceria com os média em termos de disseminação de informação"
sobre a ação governativa.
O Governo, disse o ministro, tem
estado a tentar assumir um papel proativo "para tornar o Estado mais forte,
reforçar o sentido de pertença ou sentido de nação", um processo
"impossível sem o apoio e o trabalho da comunicação social e dos média".
Reiterando que não se trata de
questionar ou limitar de qualquer forma a liberdade de imprensa consagrada no
país, Magalhães pediu apoio aos jornalistas para que não entrem numa agenda de
"populismo" que cria a expectativa de que "o Estado e o Governo
têm de resolver tudo".
Fidelis Magalhães apontou os
exemplos do trânsito ou do lixo, áreas em que o Governo tem tomado medidas, mas
em que considerou essencial que os cidadãos cumpram o dever cívico.
"Não podemos ter um polícia
em cada esquina para controlar o trânsito", disse, acrescentando, no que
se refere ao lixo, que "o Governo continua a trabalhar para melhorar os
serviços, mas não se resolve sem o apoio de todo e sem os cidadãos cumprirem os
seus deveres cívicos".
Na sua intervenção, Fidelis
Magalhães saudou o papel que os média têm tido na "exigência de que quem
exerce cargos públicos cumpra os seus deveres e responsabilidade".
"Deve-se continuar a exigir
dever e responsabilização de quem exerce cargos públicos. Aplaudo o que têm
feito nesta questão. Espero que em Timor-Leste essas exigências continuem. Quem
exerce cargos públicos tem de ser responsabilizado", afirmou.
ASP // ROC
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