Díli, 16 mai 2019 (Lusa) -- Três
jovens timorenses venceram hoje a 6.ª edição dos Prémio de Língua Portuguesa,
concedidos pela Fundação Oriente, em Díli, com textos inspirados numa frase da
obra do escritor timorense Luís Cardoso.
A frase "só se cansa do mar,
quem do mar só vê água", da obra "Crónica de uma Travessia", foi
o mote para o concurso, que contou com 26 obras candidatas, de entre as quais
um júri luso-timorense escolheu os vencedores.
Emanuel Viana, Laura Pereira e
Alfionita dos Santos foram os três jovens com trabalhos mais bem classificados.
Os três premiados vão deslocar-se
a Portugal, nos próximos meses, onde terão a oportunidade de participar num
Curso de Verão de Língua e Cultura Portuguesa da Universidade de Coimbra.
Nas três posições seguintes
ficaram Gerson Araújo, Irene Leão e Antonio Ximenes, que vão poder usufruir de
um curso avançado de língua portuguesa, na Fundação Oriente, a partir de julho,
para poderem assim melhorar as suas capacidades linguísticas.
Na edição deste ano,
apresentaram-se a concurso 26 trabalhos, explicou a delegada da Fundação
Oriente, Sónia Fonseca.
Desde a primeira edição do
concurso, em 2013, um total de doze jovens timorenses já foram enviados,
inicialmente para Macau e depois para Portugal, para participarem em cursos de
aperfeiçoamento dos seus conhecimentos de português.
Intervindo na cerimónia de
anúncio dos vencedores, a ministra timorense da Educação, Juventude e Desporto,
Dulce Soares, saudou a iniciativa, por incentivar "o uso da língua
portuguesa no ambiente literário, promovendo a produção literária e,
consequentemente, a leitura".
"Só podemos enaltecer esta
atividade. Agradeço aos jovens que participaram, e deixo incentivo para que, no
próximo ano, [haja] ainda mais jovens a participar", afirmou.
José Pedro Machado Vieira,
embaixador de Portugal em Timor-Leste, saudou os participantes no concurso
literário, que permite a jovens "o desenvolvimento das suas competências
linguísticas e comunicativas na língua portuguesa".
O diplomata relembrou que a
língua é um veículo de cultura, formação e acesso ao conhecimento científico e
técnico, pelo que "é fundamental apoiar a sua consolidação", aspeto a
que não tem sido alheia a cooperação portuguesa com Timor-Leste.
ASP // MAG
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