quarta-feira, 29 de julho de 2020

Novo presidente do regulador petrolífero timorense nomeado quarta-feira



Díli, 28 jul 2020 (Lusa) -- O Conselho de Ministros timorense nomeia na quarta-feira Florentino Ferreira como novo presidente da Autoridade Nacional de Petróleo e Minerais (ANPM), disse à Lusa um membro do Governo.

"Florentino Ferreira vai ser nomeado amanhã", disse a mesma fonte.

"É uma nomeação porque o mandato do atual presidente [Gualdino da Silva] já terminou no dia 30 de junho", explicou.

Florentino Ferreira, que é atualmente assessor principal do novo ministro do Petróleo e Minerais, é formado em Geologia e Economia de Recursos, da Universidade de Western Austrália, com um mestrado em Geociência e Engenharia de Reservatórios, da Universidade de Tulsa.

Ferreira chegou a integrar, durante um período, a equipa timorense que negociou com a Austrália o tratado de fronteiras marítimas, processo onde Gualdino da Silva foi um elemento chave da equipa liderada pelo ex-Presidente, Xanana Gusmão e pelo ex-ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Agio Pereira.

A decisão do executivo não renovar o mandato de Gualdino da Silva ocorre no contexto de várias mudanças no setor petrolífero no país, com a tomada de posse de um novo ministro da tutela, Victor Soares e a substituição do presidente da petrolífera nacional, a Timor Gap.

O novo presidente da petrolífera, António José Loiola de Sousa, anunciou hoje a nova estrutura de gestão da empresa, na sequência da nomeação pelo Governo dos novos membros do Conselho de Administração.

O ministro do Petróleo e Minerais, Victor Soares, explicou no decreto de nomeação de Loiola de Sousa que com a alteração na liderança da Timor Gap pretende-se uma gestão mais eficiente, eficaz e alinhada com a "nova visão estratégica" do Governo para o setor petrolífero.

"Os objetivos estratégicos do Governo para o setor e o alinhamento das atividades empresariais e orientação estratégica da Timor Gap requerem uma mudança de presidente do Conselho de Administração, por forma a permitir uma melhoria da coordenação com a tutela, garantir uma gestão mais eficiente e eficaz e, consequentemente, garantir uma melhor gestão dos recursos do Estado de Timor-Leste", refere-se no diploma.

No decreto considera-se que as mudanças marcam "uma nova visão estratégica para a implementação do plano do Governo" para o setor petrolífero, "um dos pilares do desenvolvimento económico futuro de Timor-Leste" a ser utilizado "para construir a nação e proporcionar o progresso e bem-estar a todo o povo timorense".

A decisão de exoneração do ex-presidente, Francisco Monteiro, levou Xanana Gusmão, a resignar como representante do Governo para as fronteiras marítimas com a Austrália e para o desenvolvimento do projeto petrolífero do Greater Sunrise, no Mar de Timor.

ASP // PJA 

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