Díli, 28 jul 2020 (Lusa) -- O
Conselho de Ministros timorense nomeia na quarta-feira Florentino Ferreira como
novo presidente da Autoridade Nacional de Petróleo e Minerais (ANPM), disse à
Lusa um membro do Governo.
"Florentino Ferreira vai ser
nomeado amanhã", disse a mesma fonte.
"É uma nomeação porque o
mandato do atual presidente [Gualdino da Silva] já terminou no dia 30 de
junho", explicou.
Florentino Ferreira, que é
atualmente assessor principal do novo ministro do Petróleo e Minerais, é
formado em Geologia e Economia de Recursos, da Universidade de Western
Austrália, com um mestrado em Geociência e Engenharia de Reservatórios, da
Universidade de Tulsa.
Ferreira chegou a integrar,
durante um período, a equipa timorense que negociou com a Austrália o tratado
de fronteiras marítimas, processo onde Gualdino da Silva foi um elemento chave
da equipa liderada pelo ex-Presidente, Xanana Gusmão e pelo ex-ministro da
Presidência do Conselho de Ministros, Agio Pereira.
A decisão do executivo não
renovar o mandato de Gualdino da Silva ocorre no contexto de várias mudanças no
setor petrolífero no país, com a tomada de posse de um novo ministro da tutela,
Victor Soares e a substituição do presidente da petrolífera nacional, a Timor
Gap.
O novo presidente da petrolífera,
António José Loiola de Sousa, anunciou hoje a nova estrutura de gestão da
empresa, na sequência da nomeação pelo Governo dos novos membros do Conselho de
Administração.
O ministro do Petróleo e
Minerais, Victor Soares, explicou no decreto de nomeação de Loiola de Sousa que
com a alteração na liderança da Timor Gap pretende-se uma gestão mais
eficiente, eficaz e alinhada com a "nova visão estratégica" do Governo
para o setor petrolífero.
"Os objetivos estratégicos
do Governo para o setor e o alinhamento das atividades empresariais e
orientação estratégica da Timor Gap requerem uma mudança de presidente do
Conselho de Administração, por forma a permitir uma melhoria da coordenação com
a tutela, garantir uma gestão mais eficiente e eficaz e, consequentemente,
garantir uma melhor gestão dos recursos do Estado de Timor-Leste",
refere-se no diploma.
No decreto considera-se que as
mudanças marcam "uma nova visão estratégica para a implementação do plano
do Governo" para o setor petrolífero, "um dos pilares do
desenvolvimento económico futuro de Timor-Leste" a ser utilizado
"para construir a nação e proporcionar o progresso e bem-estar a todo o
povo timorense".
A decisão de exoneração do
ex-presidente, Francisco Monteiro, levou Xanana Gusmão, a resignar como
representante do Governo para as fronteiras marítimas com a Austrália e para o
desenvolvimento do projeto petrolífero do Greater Sunrise, no Mar de Timor.
ASP // PJA
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