terça-feira, 27 de outubro de 2015

PM timorense diz que segurança e estabilidade são essenciais para atrair investimento


O primeiro-ministro timorense, Rui Maria de Araújo, considerou que a segurança e a estabilidade são essenciais para atrair investimento estrangeiro que, por seu lado, é fundamental para o desenvolvimento sustentável.

"Temos de oferecer condições que representem mais segurança e menos risco para todos, inclusive para os investidores, para que consigamos atrair investimento e assim diversificar a nossa economia", considerou, em Díli.

Rui Araújo falava na abertura da IV reunião dos ministros da Administração Interna e do Interior da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) que decorre hoje em Díli, com delegações dos nove Estados membros, e destacou a necessidade de mais meios e mais recursos para o setor em Timor-Leste.

"Tão importante quanto alcançar a segurança e a estabilidade é mantê-la. Por isso, precisamos de mais meios e de mais recursos humanos para acompanhar o desenvolvimento da nossa sociedade e do nosso país", disse.

"Precisamos de um setor de segurança que seja credível e que a todos transmita confiança. É fundamental ter um sistema de segurança forte, que garanta e proteja os direitos dos cidadãos e que, ao mesmo tempo, permita um desenvolvimento sustentável", acrescentou.

O chefe do Governo timorense recordou que o conceito da segurança abrange a segurança dos cidadãos e do país, com o combate às atividades ilegais e criminalidade económica que "contribui para a estabilidade política, económica e das populações".

"Falar sobre segurança, partilhar as nossas experiências, cada um com as suas especificidades, refletir em conjunto sobre os mais diversos desafios que enfrentamos e que nos conduzem a uma sociedade próspera e desenvolvida é não só oportuno como necessário", disse.

Nesse sentido, insistiu na necessidade de fortalecer a cooperação lusófona nestas áreas, nomeadamente, na prevenção e policialmente de proximidade, proteção da natureza e do ambiente, gestão de crises, investigação criminal e fluxos migratórios, entre outros.

No caso de Timor-Leste, destacou o êxito de vários programas dos últimos anos, enaltecendo o apoio de Portugal, e em particular da GNR, ao fortalecimento da polícia timorense.

"Este é um grande desafio para o nosso jovem Estado, desafio que encaramos com responsabilidade mas que não se ultrapassa de um dia para o outro", sublinhou.

Todos os países exceto Portugal e o Brasil (que enviaram os respetivos embaixadores em Díli) estão representados a nível governamental no encontro que decorre em Díli.

Angola é representado pelo secretário de Estado do Interior, Eugénio César Laborinho, Cabo Verde pela ministra da Administração Interna, Marisa Morais, e a Guiné-Bissau pelo secretário de Estado de Ordem Pública, Luís Manuel Cabral.

A Guiné Equatorial, que se estreia num encontro da CPLP, é representada pelo ministro delegado do Interior e Corporações Locais, Marcelino Okomo, Moçambique pelo vice-ministro do Interior, José dos Santos Coimbra, e São Tomé e Príncipe pelo ministro da Administração Interna, Arlindo Ramos.

Longuinhos Monteiro, ministro do Interior, representa o país anfitrião, Timor-Leste.

A reunião da Administração Interna é uma das maiores da CPLP, com cada país representado por quatro delegações (ministerial, polícia, migrações, estrangeiros e fronteiras e proteção civil), o que totaliza quase 100 participantes.

O encontro da segunda-feira deverá terminar ao final da tarde com a aprovação da declaração de Díli.

SAPO TL com Lusa

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