Pequim,
29 dez (Lusa) - O ministério da Defesa chinês admitiu hoje que manobras
realizadas no Pacífico pelo porta-aviões Liaoning, que passou por águas
próximas de Taiwan, visaram "dissuadir as forças independentistas
taiwanesas".
O
porta-voz do ministério Yang Yujun disse que as manobras foram um exercício
"de rotina", que visaram também "melhorar a capacidade de
dissuadir as forças independentistas taiwanesas e salvaguardar a soberania da
China".
Yang
não deu detalhes sobre o exercício, um dos primeiros em águas internacionais
realizado pelo porta-aviões chinês, mas assegurou que "decorreram de
acordo com o planeado".
Pequim
criticou por várias vezes as incursões desenvolvidas por porta-aviões
norte-americanos nas águas do Mar do Sul da China, que reclama quase na
totalidade, apesar dos protestos dos países vizinhos.
"Respeitamos
a liberdade de navegação dos países, feita de acordo com a lei, mas opomo-nos
ao abuso desse direito por parte de algumas nações, com o fim de colocar em
risco os nossos interesses legítimos e segurança", afirmou Yang.
O
Liaoning, o único porta-aviões chinês, passou na segunda-feira a sudeste das
ilhas Dongsha, administradas por Taiwan e reclamadas por Pequim, levando o
exército da ilha a lançar missões de reconhecimento.
Pequim
considera Taiwan uma província chinesa e ameaça com o "uso da força",
caso o território declare independência.
A
ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois de o Partido Comunista
(PCC) tomar o poder no continente, em 1949, assume-se como República da China.
JOYP
// JMR
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