quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Manobras de porta-aviões chinês no Pacífico visaram "dissuadir forças independentistas de Taiwan"

Pequim, 29 dez (Lusa) - O ministério da Defesa chinês admitiu hoje que manobras realizadas no Pacífico pelo porta-aviões Liaoning, que passou por águas próximas de Taiwan, visaram "dissuadir as forças independentistas taiwanesas".

O porta-voz do ministério Yang Yujun disse que as manobras foram um exercício "de rotina", que visaram também "melhorar a capacidade de dissuadir as forças independentistas taiwanesas e salvaguardar a soberania da China".

Yang não deu detalhes sobre o exercício, um dos primeiros em águas internacionais realizado pelo porta-aviões chinês, mas assegurou que "decorreram de acordo com o planeado".

Pequim criticou por várias vezes as incursões desenvolvidas por porta-aviões norte-americanos nas águas do Mar do Sul da China, que reclama quase na totalidade, apesar dos protestos dos países vizinhos.

"Respeitamos a liberdade de navegação dos países, feita de acordo com a lei, mas opomo-nos ao abuso desse direito por parte de algumas nações, com o fim de colocar em risco os nossos interesses legítimos e segurança", afirmou Yang.

O Liaoning, o único porta-aviões chinês, passou na segunda-feira a sudeste das ilhas Dongsha, administradas por Taiwan e reclamadas por Pequim, levando o exército da ilha a lançar missões de reconhecimento.

Pequim considera Taiwan uma província chinesa e ameaça com o "uso da força", caso o território declare independência.

A ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois de o Partido Comunista (PCC) tomar o poder no continente, em 1949, assume-se como República da China.

JOYP // JMR

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