Sidney, 29 jan (Lusa) -- O
Governo da Austrália anunciou hoje uma nova estratégia de Defesa que inclui
incentivos aos fabricantes da indústria militar do país para o colocar entre os
dez principais exportadores de armas no mundo.
O plano inclui um fundo de mais
de 3.079 milhões de dólares (2.479 milhões de euros) para ajudar os fabricantes
a expandir os seus negócios, assim como a criação de um gabinete de exportação
de material militar, entre outras medidas.
"Trata-se de assegurarmos a
maximização das oportunidades a favor de empregos australianos, de tecnologia
australiana e da inovação australiana", disse em Sidney o
primeiro-ministro, Malcolm Turnbull, ladeado pelos responsáveis da Defesa,
Marise Payne, e de Material de Defesa, Christopher Pyne.
O Governo australiano pretende
aumentar as receitas geradas pelas exportações da indústria de Defesa, dos
atuais 1.215 milhões de dólares (978 milhões de euros) para 2.025 milhões de
dólares (1.631 milhões de euros) anuais, como parte das suas aspirações para a próxima
década.
A Austrália, que atualmente se
encontra entre os 20 principais exportadores militares, de acordo com o
Instituto Internacional de Investigação para a Paz de Estocolmo, aponta como
potenciais clientes os mercados dos Estados Unidos da América, Europa, Médio
Oriente, Canadá, Nova Zelândia e a região indo-pacífica.
O plano para incrementar a venda
de armamento não foi, contudo, bem recebido por toda a sociedade australiana.
Marc Purcell, representante do
Conselho Australiano para o Desenvolvimento Internacional, criticou o anúncio,
considerando que,"no contexto de incerteza internacional, onde o conflito
é o mais provável", os esforços internacionais deveriam ser canalizados
para a construção da paz.
SR // SR
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