segunda-feira, 5 de outubro de 2015

PASSOS/PORTAS: COLIGAÇÃO PàF VENCE ELEIÇÕES LEGISLATIVAS EM PORTUGAL


Passos Coelho disponível para compromissos com o PS


Coligação está disponível para formar Governo sem maioria absoluta. “Seria estranho que quem ganhasse não pudesse governar", afirma o líder do PSD.

A coligação PSD/CDS obteve uma vitória “inequívoca” nas legislativas e está “disponível para formar Governo" e para chegar a compromissos com o PS, afirmou Pedro Passos Coelho, num discurso na sede de campanha, em Lisboa.

“É inequívoco que estas eleições mostraram um força política vencedora, que foi a coligação”, declarou o líder do PSD.

Passos lamentou que a coligação não tenha conseguido alcançar a maioria absoluta, mas anunciou que vai fazer tudo para cumprir o “desejo inequívoco dos eleitores que nos confiaram a missão de governar” e “procurar os compromissos indispensáveis para dar estabilidade” ao país nos próximos quatro anos.

A “coligação está disponível para formar Governo", mesmo sem maioria absoluta, e “seria estranho que quem ganhasse não pudesse governar", disse.

PSD e CDS vão reunir "de forma muito expedita" os respectivos órgãos nacionais para formalizar um acordo de Governo, na sequência da vitória nas legislativas, anunciou perante o aplauso dos apoiantes.

No discurso da vitória perante dezenas de apoiantes, Passos admitiu que a nova configuração da Assembleia da República, sem maioria dos deputados do PSD e CDS, representa um desafio.

Antes, Paulo Portas agradeceu "aos portugueses a oportunidade de governar" por mais quatro anos e em "tempo de crescimento" económico.

Evitar "crises políticas"

O líder do PSD espera que Portugal “não se veja prisioneiro de crises políticas que podem significar um retrocesso” nos progressos alcançados nos últimos anos.

Destacou a importância do Orçamento do Estado para o próximo ano, que a coligação terá de negociar com a oposição parlamentar, sendo que Bloco de Esquerda e CDU disseram este domingo que não vão viabilizar as contas para 2016.

Durante a campanha, António Costa anunciou que chumbaria o OE se não vencesse as eleições, mas este domingo, no discurso da derrota, não quis responder à pergunta da Renascença sobre se mantinha essa promessa.

Passos Coelho considera que, terminadas as eleições, é preciso “pôr de lado as bandeiras” dos partidos e “juntar todos os que querem construir um país melhor”, abrindo a porta a entendimentos com o PS.

"Tomarei a iniciativa de contactar o PS para procurar entendimentos indispensáveis, as reformas estruturantes da sociedade portuguesa. Como partido europeísta, [o PS] estará disponível para que reformas importantes possam ter lugar nos próximos anos, nomeadamente na Segurança Social”, declarou Pedro Passos Coelho.

Deixar a austeridade "para trás"

Passos Coelho considera que o próximo Orçamento é o momento de “deixar as medidas de austeridade para trás” e afirma, apesar de ter falhado a maioria absoluta para evitar “sobressaltos no Parlamento”, a coligação vai agora “dar o melhor para não termos sobressaltos nos próximos anos”.

Com 99,17% dos votos contados, a coligação PSD/CDS vence as legislativas com 36,82% dos votos, o equivalente a 95 deputados.

O PS fica em segundo lugar. O partido de António Costa consegue 32,37% e 80 deputados, indicam os resultados provisórios, numa altura em que estão 16 mandatos por atribuir.

O Bloco de Esquerda mais do que duplica o resultado em comparação com as últimas legislativas e ascende a terceira força política. Obtém 10,22% dos votos e 19 deputados. Em 2011 tinha eleito sete parlamentares. 

De acordo com os resultados provisórios, a CDU regista 8,26% dos votos e 15 deputados.

Renascença

RESULTADOS PROVISÓRIOS DAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2015

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