Phuket,
Tailândia, 26 ago (Lusa) - As autoridades culturais de Phuket, no sul da
Tailândia, lançaram uma campanha para impedir a demolição de uma mansão de
estilo sino-português, noticiou hoje o jornal The Phuket News.
O
apelo surgiu depois de o hospital Vachira de Phuket, proprietário da casa, ter
anunciado que pretende demolir o edifício para alargar as instalações
hospitalares.
"Quero
que todos se juntem à campanha contra a demolição deste edifício
sino-português, uma construção importante para Phuket", escreveu na
quinta-feira na rede social Facebook Atsawin Auttatum, presidente do gabinete
da cultura da cidade.
"O
edifício tem quase 100 anos e é do estilo sino-português. Precisa de ser
reparado e renovado, mas qualquer trabalho tem que ser aprovado pelo
departamento de Belas-Artes", afirmou Thawatchai Thataisalsilp, arqueólogo
do departamento de Belas-Artes do ministério da Cultura tailandês, após uma
inspeção ao edifício.
O
responsável acrescentou que "como proprietário, o hospital pode demolir a
casa, mas como se trata de um edifício de interesse histórico seria uma
violação da lei tailandesa sobre monumentos, antiguidades e museus".
Thawatchai
Thataisalsilp indicou que um diretor-adjunto do departamento de Belas-Artes
fará uma inspeção ao edifício no sábado.
Conhecida
como "Boonphat Building", a mansão está rodeada de árvores de mogno
plantadas no reinado de Rama VI, em 1917.
"Devemos
proteger os locais históricos de Phuket", sublinhou Atsawin Auttatum, na
mensagem no Facebook.
O
explorador português Fernão Mendes Pinto, que chegou à Tailândia em 1545, foi
um dos primeiros europeus a mencionar Phuket nos relatos das suas viagens.
Em
26 de dezembro de 2004, Phuket foi uma das zonas turísticas mais destruídas
pelo maremoto de magnitude 9,1 na escala de Richter, que causou perto de 230
mil mortos em toda a Ásia e em alguns países africanos.
EJ
// JMR - Lusa
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