Será que existem constrangimentos
no âmbito do processo de desenvolvimento curricular que dificultam a construção
de uma escola inclusiva que exige um currículo em mudança associado à gestão
curricular, às mudanças no papel da administração nas escolas, às boas práticas
profissionais da educação com o reconhecimento da autonomia das escolas e
obstam a implementação dos documentos legais em vigor?
Esta é a pergunta de partida de
um estudo realizado em Timor-Leste por um grupo de trabalho constituído por
vários especialistas, onde se destacam os timorenses M. Azancot de Menezes, PhD
em Educação pela Universidade de Lisboa, e Sabina da Fonseca, PhD em Língua
Portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa.
A pesquisa teve como principais
finalidades conhecer os principais pontos de constrangimento no âmbito do
processo de desenvolvimento curricular da Educação Pré-Escolar e dos 1º e 2º
Ciclos do Ensino Básico, reflectir sobre as práticas pedagógicas dos educadores
de infância, professores, directores e inspectores escolares no âmbito de um
sistema educativo centrado nas escolas à luz dos normativos legais em vigor,
bem como analisar a Lei de Bases da Educação e outros actos normativos, e
acontece no seguimento das recomendações granjeadas pelo 3º Congresso Nacional
da Educação de Timor-Leste realizado em 2017.
O Jornal Tornado está a preparar
um dossier especial sobre educação em Timor-Leste e irá entrevistar alguns dos
principais protagonistas envolvidos neste estudo que irão opinar sobre os
pontos de constrangimento identificados e recomendações produzidas no âmbito da
organização e gestão escolar, no campo do currículo, na vertente das
necessidades educativas especiais, docência, educação de infância e inspecção
escolar.
Este importante estudo,
intitulado «Processo Educativo na Educação Pré-Escolar e no 1º e 2º Ciclos do
Ensino Básico. Diagnóstico e Recomendações», foi realizado em Timor-Leste e
tornado público no mês de Junho de 2018, numa edição do extinto Ministério da
Educação e Cultura, por iniciativa da antiga Vice-Ministra Lurdes Bessa, e em
que também foram autores, para além de Azancot de Menezes e Sabina da Fonseca,
Antonieta Ferreira de Sousa de Jesus, Cipriana Santa Brites Dias, Crisódio
Marcos Tilman Freitas de Araújo, Hélder do Carmo Afonso Sousa, Maria Filomena
de Canossa Henrique Duarte, Mário Plácido e Rita Maria dos Reis de Morais.
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