Díli,
27 fev (Lusa) - O responsável de uma das principais organizações da sociedade
civil timorense pediu hoje a empresários lusófonos para se juntarem aos
esforços de desenvolvimento de projetos sustentáveis no país que, na
agricultura e turismo, já beneficiam centenas de famílias.
"Estes
projetos estão a aumentar o consumo mais variado de alimentos, a aumentar o
acesso à escola, saúde e medicamentos e a melhorar as competências pessoais e
sociais através do contacto com os turistas", explicou Virgílio Guterres,
diretor da ONG Haburas.
"Gostaríamos
que se juntassem a nós para poder melhorar a qualidade e a quantidade da oferta
que a natureza de Timor-Leste nos oferece, com apostas nesta área do turismo,
que é um pilar importante para o desenvolvimento do país", afirmou.
Guterres,
que intervinha no 1.º Fórum Económico Global da Comunidade de Países de Língua
Portuguesa (CPLP), em Díli, detalhou projetos de desenvolvimento sustentável e
de energias renováveis aplicados nos últimos anos em Timor-Leste pelas organizações
Haburas e Raebia que incluem apoio na formação nos diversos setores do turismo,
em agroecologia e "na preservação da identidade cultural timorense".
Até
final do ano passado, os programas de agroecologia tinham permitido a 600
agricultores aplicar técnicas de agricultura sustentável, com colheitas mais
produtivas. Foi reduzida a destruição das florestas e um grupo de mulheres
conseguiu receitas de 3.000 dólares na venda de mandioca frita, com 300
famílias a realizarem 21 mil plantações de madeira e 22 mil de frutos e plantas
industriais entre 2012 e 2015.
Por
fazer, destacou, está, por exemplo, a criação de uma rede de armazenagem e
comercialização de produtos hortícolas e agrícolas nos supermercados e mercados
do país, a criação de pequenas indústrias transformadores e melhorar o cultivo
e a produção animal.
No
campo energético, o objetivo é desenvolver energias renováveis, nomeadamente,
no biogás e na energia solar.
ASP
// MP
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