Díli,
27 fev (Lusa) - Timor-Leste abriu as portas da Ásia aos restantes parceiros da
CPLP, dando um passo sem precedentes na vida da organização e determinando para
o seu futuro, disse o presidente da Confederação Empresarial da CPLP.
Salimo
Abdula falava no encerramento de uma conferência que marca a reta final do 1º
Fórum Economico Global da CPLP, encontro que terá ainda visitas de empresários
a vários pontos de Timor-Leste no domingo e segunda-feira.
"Mais
do que sonhos, são as ações que determinam as coisas. E este fórum económico
reuniu-nos com esta energia positiva mas com uma inovação, juntar a Asia. É um
novo momento que não se poderá parar", disse.
Saudando
a organização do fórum, o empresário moçambicano disse que os resultados mais
práticos se verão no futuro próximo, com negócios e acordos, desafiando os
Estados membros - setor público e privado - a corrigir os aspetos essenciais
pendentes.
Questões
como a livre circulação de pessoas e bens, a eliminação de barreiras
administrativas como vistos de entrada e taxas aduaneiras, e fortalecer a
capacidade das PME atuarem, dentro e fora dos seus mercados.
"Devemos
aprender com as experiências dos outros, evitar cometer os mesmos erros.
Devemos promover a nossa atuação em bloco porque junto iremos muito longe",
afirmou.
Salimo
Abdula referiu-se ainda à necessidade de "mudança de mentalidades",
com um reforço do profissionalismo, transparência e governança, especialmente
nos PALOP.
"O
mundo mudou. Vamos esquecer a figura de colonizadores e colonizados, de pobres
e ricos, de doadores e eternos recetores de donativos e abraçar um modelo de
parceria global alicerçado em bases bem definidas", disse.
"Os
países africanos têm recursos, capacidades e mão-de-obra disponível. Os
principais países que os apoiam têm, know-how e capacidade financeira para
apoiar esses recursos de forma sustentável e benéfica para os dois lados.
Sentar-nos à mesa e dialogar", considerou ainda.
Estanislau
da Silva, ministro Coordenador dos Assuntos Económicos e que tutela ainda as
pastas de Agricultura e Pescas, saudou o êxito do encontro que "em
comunidade e em cooperação com os restantes países" abriu um precedente
que aproxima "a CPLP das empresas e da sociedade civil".
"Este
fórum serviu para que a CPLP saísse dos meandros governamentais e pudesse
também, ela própria, expandir-se, através da interação entre o setor público e
o privado", afirmou.
"Está
aberto o caminho para a CPLP colocar a sua bandeira nos negócios do mundo e que
Timor-Leste seja visto como um ponto geoestratégico de ligação entre a
lusofonia e o pacifico", disse.
ASP//GC
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