O
Governo da China anunciou hoje em Maputo o perdão de uma dívida de 30 milhões
de yuans (quatro milhões de euros) correspondentes a empréstimos isentos de
juros a Moçambique, como sinal da consolidação das relações entre os dois
países.
Falando
após a assinatura do protocolo do perdão parcial da dívida de Moçambique à
China, o vice-ministro do Comércio da República Popular da China, Zhang
Xiangchen, afirmou que a decisão materializa o acordo de Parceria Estratégica
Global assinado em maio em Pequim por ocasião da visita do chefe de Estado
moçambicano, Filipe Nyusi ao país asiático.
"Temos
confiança no desenvolvimento económico de Moçambique e a China está disposta a
ajudar Moçambique nas áreas económicas e comerciais", declarou Zhang.
O
entendimento, prosseguiu o vice-ministro do Comércio da República Popular da
China, traduz igualmente a vontade dos dois países de elevarem a cooperação
bilateral.
Por
seu turno, a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de
Moçambique, Nyeleti Mondlane, afirmou que o perdão parcial da dívida reflete o
empenho do Governo chinês no apoio ao desenvolvimento social e económico do
país africano.
"Os
instrumentos jurídicos que acabamos de assinar representam uma valiosa
contribuição da República Popular da China aos esforços do Governo na
prossecução dos objetivos de desenvolvimento económico e social do país",
destacou Mondlane.
Referindo-se
a um outro acordo que os dois países assinaram para a construção, com a ajuda
da China, de 202 poços de água nas zonas afetadas pela seca, a vice-ministra
dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique assinalou que a
concretização do entendimento irá ajudar o país a minorar os efeitos causados
pelas calamidades naturais.
Na
mesma cerimónia, os governos moçambicanos e chines e a Fundação Bill e Melinda
Gates assinaram um acordo de parceria para a investigação na área agrária, visando
dotar o país de tecnologia adequada à promoção da segurança alimentar no país.
PMA
// VC - Lusa
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