O
Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, anunciou hoje recompensas de
milhares de pesos filipinos para quem capturar os líderes extremistas islâmicos
que combatem contra o exército na região sul daquele país desde finais de maio.
As
recompensas, num valor total de 20 milhões de pesos filipinas (cerca de 357.000
euros), estão a ser oferecidas para a neutralização de Isnilon Hapilon,
considerado o líder do núcleo do grupo extremista Estado Islâmico (EI) nas
Filipinas, e dos irmãos Abdullah Maute e Omarkhayam Maute, segundo um
comunicado do exército filipino.
"Esperemos
que isto suscite desenvolvimentos significativos que levem à eventual detenção
e neutralização de Isnilon Hapilon e dos irmãos Maute", declarou o general
filipino Eduardo Ano, citado no mesmo comunicado.
A
cidade de Marawi (sul), localidade maioritariamente muçulmana num país
maioritariamente católico, tem sido cenário nas últimas semanas de confrontos
entre centenas de combatentes com ligações ao EI e as forças armadas filipinas,
que têm avançado com ataques aéreos, operações de artilharia e tropas no
terreno numa tentativa de neutralizar os avanços dos extremistas.
Pelo
menos 178 pessoas morreram desde o início dos confrontos, segundo as
autoridades filipinas.
Num
comunicado divulgado hoje, a embaixada dos Estados Unidos nas Filipinas
anunciou que Washington entregou às forças armadas filipinas um lote de
armamento especial para ajudar o governo de Manila a combater os extremistas
islâmicos em Marawi.
O
armamento, entregue como uma doação, "vai melhorar as capacidades de
resposta ao terrorismo nas Filipinas e vai ajudar a proteger as tropas que
participam ativamente nas operações de antiterrorismo no sul", declarou a
representação diplomática norte-americana.
As
forças armadas filipinas já confirmaram que entregaram o armamento doado pelos
Estados Unidos aos soldados que lutam há 13 dias contra os membros do grupo
Maute, uma milícia local com ligações ao EI, e outros 'jihadistas' em Marawi.
Os
extremistas assumiram o controlo parcial da cidade no passado 23 de maio e
incendiaram várias estruturas daquela localidade, como foi o caso de uma
esquadra de polícia, uma escola, uma prisão e uma igreja. Também fizeram reféns
entre os civis e desfilaram nas ruas de Marawi com bandeiras associadas ao EI.
Apesar
dos avanços das forças filipinas, que conseguiram recuperar uma grande parte da
cidade nos primeiros dias de combates, os extremistas continuam entrincheirados
em três bairros no centro da cidade.
Lusa
| Notícias ao Minuto
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