Díli, 06 mai (Lusa) - Várias
pessoas ficaram ligeiramente feridas quando militantes da coligação da
oposição, a Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), foram alegadamente
atacados quando regressavam de uma ação de campanha no leste do país.
Fonte da AMP disse à Lusa que uma
coluna de militantes do partido que regressava de um comício em Uatolari
(município de Viqueque, a sudeste de Díli) foi "atacada por
militantes" da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente
(Fretilin).
"A informação é de que
várias pessoas ficaram feridas. Foram atingidas com pedras. Há pelo menos dois
carros com vidros partidos", explicou uma fonte da coligação, que está a
realizar este fim de semana várias ações de campanha na zona leste do país.
Segundo a coligação, que lamenta
o que diz ser o "comportamento antidemocrático" dos militantes da
Fretilin, os feridos incluem oito pessoas da aldeia de Babulo, dois de Vesoru e
seis de Afalokai.
A campanha para as eleições
legislativas antecipadas do próximo sábado termina no dia 10 de maio.
Julio Hornay, comandante da
Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), desdramatizou o incidente explicando
que se tratou de "um grupo de crianças e jovens" que lançaram pedras,
com fisgas, contra os militantes da AMP.
"As crianças atiraram com
fisgas e acertaram alguns militantes depois da campanha. A polícia interveio de
imediato e acabou a coisa. Ficou tudo controlado", disse à Lusa.
"Falei logo com o comandante
do município assim que soubemos da situação e ele confirmou que está tudo
calmo", explicou.
José Somotxo, ministro da Defesa
e Segurança, disse à Lusa ter confirmado a mesma informação, explicando que não
se tratou de um incidente grave.
"A polícia interveio e a
situação voltou à normalidade", explicou.
Confrontado com a acusação da
AMP, José Reis, secretário-geral adjunto da Fretilin, disse à Lusa que as
informações confirmavam o incidente, mas considerou que os militantes do seu
partido tinham "reagido a provocações" de alguns militantes da AMP.
"Quando vinham na desmobilização
da campanha passaram por uma zona onde estavam concentrados alguns militantes
da Fretilin. Começaram a gozar e a provocar e alguns responderam",
explicou à Lusa.
"Cabe agora à polícia
investigar os incidentes e tomar medidas que tenham que ser tomadas. Não temos ainda
informação detalhada sobre tudo o que aconteceu", disse.
ASP // MSF
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