Xangai,
China, 29 jul (Lusa) -- A China pediu hoje à Coreia do Norte que respeite
"as resoluções pertinentes" do Conselho de Segurança da ONU e
suspenda qualquer medida que possa aumentar a tensão na zona, segundo a agência
oficial de notícia Xinhua.
O
porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, fez
estas declarações após a confirmação de que a Coreia do Norte lançou, na noite
de sexta-feira, um novo míssil balístico intercontinental, o Hwasong-14.
O
exército norte-coreano disparou o seu segundo ICBM às 23:11 de sexta-feira
(15:41 em Lisboa) a partir da aldeia de Mupyong, província de Chagang, na
fronteira com a China.
O
Hwasong-14 voou 998 quilómetros durante 47 minutos e alcançou uma altitude
máxima de 3.724,9 quilómetros antes de cair no mar do Japão, segundo os 'media'
estatais norte-coreanos, uma informação que corresponde aos dados do exército
sul-coreano.
A
resposta dada hoje pela China foi bem mais contundente que as opiniões emitidas
pelo Governo de Pequim no dia do lançamento, quando outro porta-voz do
Ministério, Lu Kang, disse que as "pressões de terceiros" tinham
forçado a Coreia do Norte a multiplicar este ano os testes balísticos.
"Após
tantos anos, o problema na península da Coreia podia resolver-se através de
diálogo e consultas, mas devido a pressões e suspeitas de países terceiros, a
Coreia do Norte viu-se obrigada a conduzir testes balísticos.
Este
ano, em que aumentaram as ameaças mútuas entre os Governos da Coreia do Norte e
dos Estados Unidos, Pyongyang realizou 12 testes com mísseis, em que testou
pelo menos 17 peças de armamento, o que ajudou a melhorar o seu arsenal,
segundo analistas militares.
Apesar
destas justificações, a China reiterou em várias ocasiões a sua oposição a
qualquer novo teste de míssil pela Coreia do Norte, em virtude das resoluções
das Nações Unidas, bem como, nas palavras de Lu, "qualquer palavra ou ação
que possa elevar a tensão".
ISG//ISG
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