Sydney,
31 jul (Lusa) -- Os quatro suspeitos de tentativa de atentado contra um avião,
na Austrália, pretendiam utilizar um gás tóxico ou uma bomba de fabrico
artesanal dissimulada numa máquina de picar carne, refere hoje a imprensa
australiana.
O
primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, disse que plano estava numa
fase avançada, mas recusou-se a comentar os métodos contraditórios que têm sido
publicados pela imprensa.
Os
suspeitos, quatro homens com dupla nacionalidade (australiana e libanesa), acompanhados
pelos filhos, foram presos no sábado, em Sydney.
Segundo
o jornal Sydney Daily Telegraph, pretendiam colocar um engenho explosivo numa
bagagem de mão e colocada na cabina de passageiros num voo entre a Austrália e
um destino no Médio Oriente.
A
bomba de fabrico artesanal seria colocada numa máquina de picar carne, de
acordo com a notícia.
O
mesmo plano é também referido pelo jornal Sydney Morning Herald.
O
jornal The Australian, que cita várias fontes, escreve que os suspeitos iam
tentar introduzir no avião um "engenho não tradicional" e capaz de
libertar um gás tóxico.
As
fontes do The Australian indicam que o gás provocaria a imobilização ou a morte
imediata dos ocupantes do avião, em pleno voo.
"Tenho
de respeitar o inquérito", que está a ser realizado, disse Turnbull
recusando abordar os dados que estão a ser avançados pela imprensa.
"Haverá
mais a dizer nos próximos dias", disse o primeiro-ministro referindo-se
"às motivações terroristas" dos suspeitos.
Entretanto,
as medidas de segurança foram reforçadas em todos os aeroportos do país.
A
Austrália aumentou o nível de alerta contra ataques terroristas em setembro de
2014, após receios de possibilidade de atentados organizados por grupos
extremistas como o Estado Islâmico.
Segundo
as autoridades, após 2014, mais de dez atentados foram neutralizados e cerca de
70 pessoas foram acusadas de terrorismo.
PSP
// SB
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