Não há confusão, nem complexidade. Apenas crianças incineradas enquanto dormem, enquanto o mundo assiste e não faz nada.
Ghada Ageel* | Aljazeera | # Traduzido em português do Brasil
A Dra. Alaa al-Najjar, pediatra
de 36 anos e mãe de 10 filhos, passou a manhã de sexta-feira, 23 de maio,
fazendo o que dedicou sua vida: salvar crianças no Hospital Nasser,
Em apenas um ataque aéreo israelense — em apenas um minuto — seu mundo inteiro foi aniquilado.
Seu marido, Hamdy, de 40 anos,
também médico, e seu filho, Adam, de 11 anos, estão na UTI, com suas vidas por
um fio dentro do sistema de saúde em desintegração de Gaza – não por acaso, mas
intencionalmente. Os ataques repetidos e intencionais a hospitais e clínicas
deixaram a infraestrutura de saúde de Gaza
Comentando sobre a condição da família, o Dr. Graeme Groom, um cirurgião britânico que trabalhava no Hospital Nasser e os operou, disse que o pai sofreu um "ferimento penetrante na cabeça", enquanto "o braço esquerdo de Adam estava quase pendurado; ele estava coberto de ferimentos por fragmentos e tinha várias lacerações substanciais".
O corpo de sua filha Revan ficou irreconhecível com as queimaduras — "nada restou de sua pele ou carne", disse seu tio. Em lágrimas, a Dra. Alaa implorou aos socorristas que a deixassem segurar a filha uma última vez.
Infelizmente, os sudários brancos envolvendo os corpos das crianças de Gaza continuam a aumentar.
Yaqeen Hammad é agora uma dessas crianças envoltas e enterradas.
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