sábado, 18 de abril de 2015

PM TIMORENSE QUER CONSENSO NACIONAL NO SETOR EDUCATIVO


Díli, 17 abr (Lusa) - O primeiro-ministro timorense defendeu hoje, perante responsáveis educativos da CPLP, um consenso nacional para o setor educativo, com uma aposta renovada no ensino pré-escolar e no fortalecimento do ensino técnico profissionalizante.

"Num país como Timor-Leste, em que mais de 50% da população tem menos de 19 anos, se não apostarmos na educação e na qualificação técnica e profissional dos nossos jovens vamos enfrentar um problema que não terá solução - o desemprego", disse Rui Maria Araújo.

"E já sabemos que este gera frustração, descontentamento e, no final, um risco para a estabilidade e segurança de qualquer nação", afirmou.

Rui Araújo intervinha na 1ª Reunião Extraordinária dos Ministros da Educação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre hoje em Díli para aprovar um plano estratégico de ação para fortalecer a cooperação multilateral no domínio educativo.

Um texto, disse, que constitui "uma oportunidade histórica" para todos os Estados membros, reconhecendo que, apesar das especificidades nacionais, há "uma agenda comum que reconhece o interconhecimento dos sistemas educativos e de ensino técnico profissionalizante".

Destacando o facto de a educação ser o tema da primeira reunião setorial da presidência pro tempore de Timor-Leste da CPLP, Rui Araújo considerou a educação de qualidade e a língua portuguesa como "elementos estratégicos potenciadores de valor económico".

O chefe do Governo defendeu que as mudanças políticas não se devem sobrepor à "efetivação das políticas educativas" e afirmou que, no caso de Timor-Leste, disse o Governo continua a apostar na melhoria da qualidade dos serviços educativos, enfrentando ainda "enormes desafios".

Um dos principais desafios, disse, continua a ser a língua portuguesa, cujo processo de aprendizagem foi interrompido por mais de 24 anos de invasão indonésia.

"A língua portuguesa teve um grande vlor simbólico durante o nosso processo de luta pela independência e, ainda que represente um desafio, permanecerá sempre como uma área prioritária na nossa agenda", afirmou.

O encontro de hoje conta com a presença de representantes de sete dos nove Estados membros da CPLP - estão ausentes a Guiné Bissau e a Guiné Equatorial - sendo o Brasil representado pela embaixada em Díli.

Estão presentes, além dos anfitriões timorenses, o ministro da Educação de Angola, Pinda Simão, do vice-ministro da Educação moçambicano, Armindo Negunga e do ministro da Educação, Cultura e Ciência são-tomense, Olindo da Silva e Sousa Daio.

Participam ainda, o ministro da Educação e Ciência português, Nuno Crato e o ministro da Educação, Cultura e Ciência são-tomense, Olindo da Silva e Sousa Daio.
ASP // JCS

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