Díli,
24 jul (Lusa) - A CPLP e o setor empresarial devem fortalecer o apoio e
cooperação mútua para resolver constrangimentos que permanecem na integração
das economias lusófonas, permitindo concretizar mais negócios, disse hoje o
presidente de honra da Confederação Empresarial (CE-CPLP).
"Ninguém
melhor do que os empresários para se desenvolver efetivamente um trabalho de
ajuda ao levantamento e identificação dos principais constrangimentos à maior
integração das economias da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP)", disse hoje o empresário timorense Jorge Serrano.
Um
trabalho, disse, que crie uma "plataforma em todos os setores que possam
dinamizar e integrar e tornar mais competitiva a sua economia", virada
para a modernidade e eficiência e apostada em temas como as ligações aéreas e
portuárias e as tecnologias de informação.
"Devemos
ambicionar ser uma plataforma eficiente ao nível da capacidade de circulação de
pessoas, nem que sejam inicialmente trabalhadores, administradores ou diretores
de empresas e algumas outras áreas de atividade seletivamente
identificadas", afirmou Serrano.
"Devemos
ser uma plataforma de culturas e de comunicação. Devemos ambicionar ser uma
plataforma de troca de ideias e informação para a arquitetura de um sistema
mais uniforme de legislação e competitividade fiscal entre os nossos
Estados-membros", considerou.
Serrano
apelou aos ministros para que, com os empresários, preparem estudos necessários
para que na próxima reunião do Conselho de Ministros "se possam já tomar
medidas, por pequenas que sejam, de melhoria do ambiente de negócios para as
empresas da CPLP, no espaço da CPLP".
Reiterando
"a importância estratégica que a agenda económica e empresarial deve
ganhar no seio da agenda da CPLP", Serrano considerou que o diálogo entre
a organização e os seus empresários é "fundamental para a CPLP assumir a
atividade económica e empresarial como fator essencial de integração,
desenvolvimento e progresso económico" no seio dos seus Estados-membros.
Jorge
Serrano participou, com o presidente da direção da CE-CPLP, Salimo Abdula, na
XX reunião do Conselho de Ministros da organização lusófona, em Díli,
apresentando aos chefes da diplomacia e seus representantes detalhes sobre a
agenda empresarial e económica em curso.
Para
Serrano, um dos principais empresários timorenses, Timor-Leste e muitos outros
Estados-membros da CPLP, "podem e devem assentar uma parte substancial do
seu modelo de desenvolvimento sustentável e de criação de um tecido empresarial
forte" na "captação de investimento e parcerias que sirvam a sua
economia".
Fomentar
as trocas comerciais entre a CPLP e as diferentes regiões que cada
Estado-Membro integra é outra avenida que pode beneficiar as economias
nacionais, explicou.
"A
diversidade de conhecimento e oferta que a CPLP apresenta ao mundo, devem ser
aproveitados para, através de parcerias estratégicas com o tecido empresarial
timorense, servirem de captação de conhecimento e investimento na economia de
Timor-Leste, pelos seus parceiros regionais e pelo tecido empresarial da CPLP
e, a partir daí, podermos servir de plataforma para que diferentes produtos,
bens e serviços, possam circular mais eficientemente em novos mercados ao nível
global", afirmou.
Para
facilitar a coordenação, Serrano defendeu o papel, quer da CE-CPLP, como
"plataforma de identificação de problemas e procura de soluções",
quer da União de Exportadores da CPLP, como "modelo empresarial de
estabelecimento de contactos e concretização de negócios", já com êxito na
promoção de negócios e parcerias.
ASP
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