Díli,
24 jul (Lusa) - O Brasil quer aproveitar a presidência rotativa da CPLP, que
assume em 2016, para recordar os objetivos dos fundadores da organização, valorizando
em particular a língua comum partilhada, disse o ministro das Relações
Exteriores brasileiro.
Mauro
Vieira falava à Lusa depois da XX reunião do Conselho de Ministros da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu em Díli e durante
a qual o Brasil se ofereceu "como sede da próxima cimeira" de 2016,
assumindo a presidência nos dois anos seguintes.
"O
nosso grande interesse é fazer da CPLP o que os fundadores pensaram na origem:
é uma organização que tem em comum a língua, o idioma que partilhamos",
afirmou, em curtas declarações no final do encontro.
"Somos
países de quatro continentes diferentes, mas acreditamos que a língua, o idioma
cria um elemento de união, inclusive psicológica e não só cultural e queremos
fazer valorizar esse objetivo inicial, podendo expandi-lo a outras áreas",
disse ainda.
O
encontro de Díli debateu a nova visão estratégia da CPLP com vários países,
incluindo os anfitriões, Timor-Leste, a defenderem uma agenda económica mais
intensa, com esforços para fortalecer a capacidade da organização lusófona em
incentivar a agenda de desenvolvimento dos seus Estados-membros.
Sobre
esta questão, Mauro Vieira disse que o envolvimento do setor empresarial e do
resto da sociedade civil deve ser sempre "como consultivo", sem que
essas contribuições condicionem o propósito da organização.
"O
objetivo não é transformar a CPLP numa instituição, numa organização que seja
comercial e económica. Ao contrário. Eu acho que é um espaço de concertação, um
espaço de criação de consensos políticos e de cooperação", disse.
"E
podemos ouvir e receber sugestões de diversas áreas e setores, do setor
empresarial e da sociedade civil, mas sempre como contribuições",
considerou.
Integram
a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique,
Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
ASP
// VM
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