Timor Leste
Roger
Rafael Soares* | opiniaun
Para salvaguardar dos próprios
interesses da Nação, o Estado é o instrumento essencial para o seu cumprimento.
Portanto, Timor-Leste tem de ter um Estado forte com instituições coesas e
capazes de regular e coordenar a sociedade, assegurando a segurança e ordem
pública.
Nos dias de hoje e face à atual
situação sanitária com fortes e consequentes repercussões económicas e sociais
a nível mundial e nacional, Timor não precisa de injúrias e disputas
inconsequentes, mais do que nunca precisa de unidade e convergência em temas
tão comuns a todos apesar das divergências de pensamento e ideologia. A
incerteza e dúvidas persistem aos olhos da sociedade. Provavelmente, a
desconfiança e egoísmo reinam naqueles que podem fazer a diferença. A diferença,
essa está em todos nós se quisermos contribuir para a mudança.
Passo a explicar, falar demais e
ouvir menos traduz-se em barulho a mais e empatia a menos. Numa sociedade onde
só defendemos os nossos direitos, esquecendo as nossas obrigações, a paz social
está sempre constantemente em causa. Decisões , quer sejam de cariz político,
social, empresarial ou individual, são sempre objeto de contestação e de
resistência à mudança. Mas devemos saber analisar e compreender que por vezes,
estas decisões são necessárias quando o objetivo é promover o bem comum.
Decisões implicam ações ou realizações práticas de determinados objetivos.
Culpabilizar o outro, é uma das habilidades ou argumento que mais se utiliza
para inferiorizar ou denegrir a imagem do outro. Este tipo de atitude
conduz-nos à necessidade de união e de uma relação ética entre as pessoas na
sociedade da vida do qual participam, pelo que é essencial valorizar uma sociedade
mais justa, solidária e participativa, em que devemos assumir responsabilidades.
No processo de construção do
Estado Estrado-Nação, todos nós, sem exclusão, somos chamados a contribuir com
responsabilidade como cidadão, convivendo numa sociedade com valores e
liberdade democráticos. Numa sociedade democrática, o diálogo é um instrumento
fundamental para promover as relações humanas e sociais apesar das
divergências, desde que este seja realizado com seriedade e respeito, tratando
sempre com respeito e consideração as opiniões opostas, sem recorrer aos
insultos.
Na convivência democrática
saudável, as diversidades e as divergências de ideologias, pautadas pela
tolerância, são fator enriquecedor para o processo de construção do Estado.
*Rojer Rafael Tomás Soares,
We’e En, Manatuto - Timor-Leste
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