Díli,
19 jul (Lusa) - A campanha para as eleições legislativas de sábado em
Timor-Leste foi a mais tranquila de sempre na história do país, sem incidentes
ou irregularidades graves, segundo as autoridades policiais e eleitorais
ouvidas pela Lusa.
"Correu
tudo muito bem. Durante toda a campanha quase não se registaram
incidentes", disse à Lusa Julio Hornay, comandante da Polícia Nacional de
Timor-Leste (PNTL).
"Esta
foi a campanha mas pacífica, mais tranquila de sempre", garantiu.
A
campanha para o voto de sábado, que termina hoje, começou a 20 de junho com as
21 forças políticas concorrentes ao sufrágio a realizarem ações quase
diariamente um pouco por todo o país.
Mesmo
em situações em que caravanas partidárias se cruzaram não se registaram
problemas.
Hornay
explicou que apenas houve relatos de um incidente ligeiro "que ficou
resolvido em cinco minutos, em Viqueque" e de "um grupo de jovens
apoiantes de um partido que andavam em Baucau à noite a fazer barulho com as
motas".
O
responsável policial explicou que, apesar disso, o dispositivo de segurança vai
continuar destacado no terreno, "durante todo o período de votação, de
contagem e depois até á publicação dos resultados" finais pelo Tribunal de
Recurso, o que deve ocorrer apenas no início de agosto.
"Mantemos
o mesmo dispositivo no terreno, temos um plano de operações preparado para
todos os municípios e, caso haja alguma situação, temos condições de aumentar o
dispositivo", referiu.
Também
o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Alcino Baris, disse à Lusa
que a campanha decorreu sem que tenham sido detetadas quaisquer irregularidades
graves, sublinhando que as autoridades eleitorais continuam a coordenar tudo
com a PNTL e com os partidos políticos.
"Não
se detetou nada de irregularidades graves. O fator essencial foi a coordenação
mútua com os delegados nos municípios e a obediência dos partidos políticos que
cumpriram sempre a lei", disse.
"Os
partidos, mas também a população, merecem os parabéns. Foi um esforço da CNE
desde o início, com reuniões e reuniões, a chamar a atenção sempre aos
dirigentes máximos para que dessem instruções aos militares e simpatizantes
para não violar as regras. Isso teve este efeito positivo durante toda a
campanha", afirmou.
Estão
recenseados para votar 764.858 eleitores, entre os quais 1.101 recenseados na
Austrália, 589 em Portugal, 208 no Reino Unido e 227 na Coreia do Sul.
As
autoridades eleitorais timorenses vão instalar 1.121 estações de voto em 859
centros de votação para as legislativas, dos quais pelo menos sete funcionarão
no estrangeiro, na Austrália (Darwin, Sydney e Melbourne), Coreia do Sul,
Portugal e Reino Unido.
Cerca
de metade dos eleitores tem de se deslocar para outro ponto do país no dia da
votação, segundo estimativas das autoridades eleitorais.
As
urnas estarão abertas entre as 07:00 e as 15:00 locais de sábado (23:00 de
sábado e 07:00 de domingo, hora de Lisboa).
ASP
// VM | Foto@ Nuno Veiga /EPA
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