A África do Sul e o antigo
Presidente norte-americano Barack Obama comemoraram hoje o centenário do
nascimento de Nelson Mandela com atos de solidariedade, num país ainda
profundamente marcado pela desigualdade económica.
As celebrações dos 100 anos do
nascimento de Nelson Mandela foram feitas pelos sul-africanos e por várias
pessoas no mundo inteiro através de doações, inaugurações de clínicas,
distribuições de cobertores e outros atos de ajuda ao próximo.
Dirigindo-se a um conjunto de
jovens líderes africanos nesta terça-feira, Obama assinalou o centenário num
discurso em que contestou muitas das políticas do atual Presidente
norte-americano, Donald Trump - sem o nomear -, encorajando todos a manterem
vivas as ideias defendidas por Mandela, incluindo a democracia, a diversidade e
a tolerância.
O discurso de Obama, o de maior
carga política desde que deixou as funções de Presidente, foi fortemente
aplaudido.
Obama incitou os jovens líderes
africanos a procurarem a mudança nos seus países, relembrando que também Mandela
"começou enquanto um jovem rapaz, a lutar pela libertação" da África
do Sul.
O antigo chefe de Estado
norte-americano também denunciou a corrupção e as guerras, que ameaçam a
velocidade das mudanças, dando o exemplo dos atuais confrontos protagonizados
por separatistas nos Camarões e a ameaça dos extremistas do Boko Haram baseados
na vizinha Nigéria.
A intervenção de Mandela na luta
contra a segregação racial valeu-lhe 27 anos na cadeia, tendo sido libertado em
1990 e tornando-se o primeiro presidente negro da África do Sul quatro anos
depois.
Nelson Mandela morreu a 05 de
dezembro de 2013, com 95 anos.
Diversos eventos foram planeados
durante o ano inteiro para comemorar o centenário do nascimento de Mandela,
incluindo um concerto na África do Sul em dezembro encabeçado pelos artistas
norte-americanos Beyoncé e Jay-Z e apresentado por Oprah Winfrey entre outros.
Lusa | em Notícias ao Minuto |
Foto Reuters
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