Díli,
16 abr (Lusa) - Timor-Leste precisa de criar uma média de 18 mil empregos por
ano, cada ano até 2030, só para responder ao forte crescimento demográfico,
revela um estudo de uma universidade australiana apresentado esta semana ao
Governo.
O
estudo, "Projeção e composição do crescimento populacional de Timor-Leste
até 2030 e as suas implicações setoriais" foi realizado pelo investigador
Udoy Saikia, da Flinders University na Austrália.
As
'contas', a que Lusa teve hoje acesso, demonstram os desafios que as
autoridades vão enfrentar nos próximos anos, com a previsão de que a população
timorense passe dos 1,18 milhões atuais para 1,82 milhões em 2030.
Segundo
o estudo, só devido ao crescimento demográfico, a força laboral timorense mais
do que duplicará até 2030, crescendo 134%, pelo que Timor-Leste necessita de
criar anualmente, entre 2010 e 2030, uma média de 18 mil empregos.
Os
dados disponíveis demonstram, porém, a dificuldade em cumprir estas metas já
que não só estão a ser criados muito menos empregos anualmente do que o
necessário como há evidentes "discrepâncias" entre formação e
emprego.
Muitos
dos jovens formados em Timor-Leste têm cursos para os quais não há saídas
laborais e o mercado de trabalho tem que importar mão-de-obra para empregos
para os quais há pouca ou nenhuma formação em Timor-Leste.
O
estudo aponta ainda outras previsões, como a queda no espaço de terra arável
per capita e no previsível aumento da população urbana: que em Díli, por
exemplo, deve duplicar dos atuais cerca de 200 mil para 400 mil.
Mais
de metade desse total serão jovens entre 12 e 25 anos.
ASP
// JPS
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