Washington,
10 abr (Lusa) - O senador norte-americano Jack Reed afirmou à Lusa que
Timor-Leste terá um "futuro pacífico e próspero", elogiando o
trabalho feito pelas elites timorenses na construção do país.
Em
declarações à Lusa, o democrata Jack Reed, que recebeu há semanas a Medalha da
Ordem de Timor Leste - a maior condecoração que um estrangeiro pode receber do
país - em reconhecimento pela sua contribuição para a causa da independência,
afirmou que foi alertado, nos anos 1990, para os problemas de direitos humanos
no país pela comunidade portuguesa no seu estado, Rhode Island.
"À
época, era congressista e um grupo de luso-americanos, cidadãos preocupados,
juntaram-se a alunos e professores da Universidade de Brown para levantar a
questão das violações de direitos humanos em Timor Leste e do seu movimento
independentista", recorda.
Hoje,
20 anos depois de se ter tornado num dos grandes advogados da situação
timorense na política norte-americana, Jack Reed está otimista: "Tenho
esperança de que Timor vai continuar a construir um futuro pacífico e
próspero".
E
mostrou-se sensibilizado com a homenagem do governo timorense: "É uma
honra além da minha compreensão".
Nos
anos 1990, quando percebeu a situação do país, Reed começou a defender a causa
da independência na Câmara dos Representantes; pouco tempo depois, visitou o
país para recolher mais informação, uma viagem que viria a repetir várias vezes
ao longo dos anos.
"Quando
lá cheguei, encontrei tantas pessoas comprometidas com a independência do seu
país. Foi comovente presenciar a bravura destas pessoas que estavam dispostas a
lutar pela sua liberdade e comprometidas em tornar o país uma democracia
independente", afirmou.
Na
mesma viagem, Reed conheceu Xanana Gusmão, líder da luta pela independência e a
figura política fundamental da história timorense dos últimos anos.
"Consigo
lembrar-me, passados todos estes anos, de quando nos conhecemos. Fiquei
impressionado com a sua coragem e liderança. Durante as minhas visitas ao país,
fui sempre inspirado pelo seu compromisso em construir uma democracia. Foi algo
que me tocou e ainda toca", lembrou Reed sobre Xanana Gusmão.
A
Ordem de Timor já foi anteriormente atribuída à congressista democrata Nancy
Pelosi, da Califórnia, e ao general John G. Castellaw, que comandou a força
internacional em Timor-Leste em 1999.
AYS
// PJA | Na foto: Jack Read
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