Com
a cláusula de barreira nos 4%, os partidos que obtenham cerca de 21 mil votos
podem eleger deputados
Em
Timor-Leste estão inscritos 764.858 eleitores, sendo certo que, a avaliar pela
taxa de participação eleitoral das eleições presidenciais deste ano, e pela
fraca afluência às urnas nestas eleições legislativas, o número de eleitores será
bastante inferior, prevendo-se que entre 500 a 530 mil eleitores vão votar nas
eleições parlamentares de 22 de Julho de 2017.
O
dia em Díli está aparentemente calmo, com muito sol, e os eleitores foram
votando, desde as 8 horas, até às 15 horas locais, perante observadores
nacionais e internacionais (portugueses, australianos, da União Europeia e dos
Estados Unidos da América, entre outros), e fiscais dos partidos políticos,
note-se, no exterior das salas de votação, por terem sido proibidos de permanecer
no interior dos centros de votação, o que mereceu de imediato a contestação do
Partido Socialista de Timor (PST) junto da CNE.
A
campanha eleitoral foi marcada por várias irregularidades, desde a proibição
por parte da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da campanha door to door, mas
que depois foi autorizada, passando pela ausência do controlo das receitas
financeiras dos partidos políticos, em que os partidos instalados no poder
mostraram mover muitos milhares de dólares a ornamentar as ruas das principais
cidades de Timor-Leste com posters gigantes, alguns deles da FRETILIN, ainda
hoje expostos na Estrada de Comoro / Díli, em violação da lei eleitoral, e
também da propaganda diária e intensa na televisão pública do país.
A
metodologia em relação à distribuição dos deputados, num total de 65, será
baseada no método de Hondt, contudo, hoje, por volta das 23 horas locais, com a
contagem dos votos por centro de votação, já será possível perceber a
distribuição dos deputados pelo Parlamento Nacional, portanto, sendo quase
certo que não irá haver maioria absoluta, saber-se-á qual será o partido a
tomar a iniciativa de convidar outros partidos para a formação do próximo
governo de Timor-Leste.
A
avaliar pelas previsões de alguns analistas políticos, e com base na abstenção
elevada que tudo indica irá verificar-se, os partidos políticos que deverão
eleger deputados são o CNRT, o PLP, a FRETILIN, o PST, o PD, o KHUNTO, o PUDD e
talvez a FRENTE-MUDANÇA.
João de Sousa | Jornal
Tornado
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