Díli, 27 abr (Lusa) - O
presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) timorense, Alcino Baris,
visitou hoje as instalações da Gráfica Nacional onde foi concluída a impressão
dos boletins de voto para as eleições legislativas antecipadas, a distribuir no
início de maio.
No total foram impressos 17.481
livros de 50 boletins de voto cada, o que equivale a exatamente 874.050
boletins que estão agora empilhados em montes marcados com o nome de cada
município ou, no caso da diáspora, dos países onde há centros de votação.
"O futuro de Timor está aqui
nestes livros. O destino de Timor vai ser feito nestes livros. Impressos com
qualidade, segurança e garantias. Um bom serviço", disse Baris, que
visitou hoje a Gráfica Nacional onde os boletins foram impressos mais
rapidamente do que o previsto.
Oito partidos e coligações
apresentaram-se às eleições para as quais estão recenseados 787.761 eleitores,
mais 22.903 do que os que estavam habilitados a votar nas eleições legislativas
de 22 de julho do ano passado, o que representa um aumento de cerca de 3%.
O aumento foi ainda maior na
diáspora, onde o número de eleitores recenseados quase triplicou, aumentando de
2.125 nas eleições de 2017 para 6.263 este ano.
Apesar disso, os quatro montes
correspondentes aos boletins da diáspora são os mais pequenos: do mais pequeno
para o mar, Coreia do Sul, Portugal, Austrália e Reino Unido.
Ainda que tenha aumentado em
todos os círculos da diáspora, o recenseamento cresceu significativamente no
Reino Unido, onde passou de apenas 208 para 3.414, motivo pelo qual as duas
maiores forças políticas, Fretilin e AMP, já fizeram campanha junto da
comunidade timorense ali radicada.
Alcino Baris explicou que os
boletins vão ser formalmente entregues ao Secretariado Técnico da Administração
Eleitoral (STAE) no dia 04 de maio, que depois fica responsável pela sua
entrega nos municípios e, ao mesmo tempo, pelo transporte para a diáspora.
No que se refere aos centros de
votação, a nível nacional vão ser instalados um total de 1.151 estações de voto
dividas por 876 centros de votação que, por sua vez, vão ser instalados nos 452
sucos (equivalente a freguesias) do país.
No voto do ano passado foram
instaladas 1.121 estações de voto divididas por 859 centros de votação para as
legislativas de 22 de julho, dos quais pelo menos sete funcionaram no
estrangeiro, na Austrália, Coreia do Sul, Portugal e Reino Unido.
Os boletins para a diáspora vão
acompanhados de funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros, da CNE e
do STAE que os distribuirão pelos nove centros de votação.
Na Austrália, onde estão
recenseados 1.532 eleitores, vão ser habilitados três locais para votar -
Darwin, Melbourne e Sydney - e na Coreia do Sul os 537 eleitores recenseados
terão um centro de votação em Seoul.
Em Portugal - onde há recenseados
1.286 eleitores - haverá dois centros (Lisboa e Porto) e no Reino Unido os
2.128 eleitores podem votar em Dungannon, Londres e Oxford.
A campanha para as eleições
termina a 09 de maio antes de dois dias de reflexão que, em muitos casos,
permitem aos timorenses viajar para os locais onde estão recenseados.
ASP // VM
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