Efetivos da polícia timorense têm
condições para participar numa missão internacional de gestão de crises,
defendeu hoje em Díli o ex-Presidente timorense José Ramos-Horta, citado num
comunicado divulgado pela Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL).
O antigo chefe de Estado, que
falava perante o 1.º Curso de Missões Internacionais da PNTL, na Unidade
Especial de Polícia, considerou que Timor-Leste, "pela sua experiência na
crise e estando agora a viver uma situação de paz estável e consolidada, tem todas
as condições para participar numa missão internacional, e representar bem a
nação além-fronteiras, contribuindo para o reconhecimento e credibilidade do
país".
Ramos-Horta levantou na sua
intervenção duas hipóteses para essa participação: "em parceria com um dos
países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) ou do sudoeste
asiático; ou de uma forma independente através de uma 'Formed Police Unit
(FPU)' semelhante à da força que a GNR tinha constituída em Timor-Leste no
período de 2006 a 2012".
De acordo com a nota, Ramos-Horta
apresentou como um dos exemplos uma companhia de infantaria do exército
moçambicano que participou na Administração Transitória das Nações Unidas em
Timor-Leste (UNTAET), integrada num batalhão do exército português, entre
outros.
O ex-Presidente referiu
"ainda que além da evidente e necessária formação da componente
técnico-profissional, que a formação da componente humana e académica é
fundamental, para que uma força, além de aplicar as técnicas e táticas, possa
também ser capaz de fazer negociações e outras ferramentas de resolução de
conflitos pacíficas para poder diminuir o nível de conflitualidade entre as
partes e para melhor poder respeitar e exemplificar o respeito que é necessário
ter pelos direitos humanos".
CSR // EL | Lusa
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