Díli, 11 jan (Lusa) - A Fretilin,
maior partido no parlamento timorense, apresentou hoje queixa às autoridades
policiais por ameaças a uma das suas deputadas feitas na terça-feira por um
membro do público durante um debate no Parlamento Nacional, informou o partido.
Uma delegação em representação da
bancada, liderada pelos deputados Francisco Branco e Maria Angélica Rangel,
apresentou a denúncia hoje na Polícia Científica de Investigação Criminal
(PCIC), em Díli.
"A bancada da Fretilin apela
às autoridades competentes, da PCIC e da PNTL [Polícia Nacional de
Timor-Leste], para que investiguem o caso e está pronta a dar toda a
colaboração necessária para facilitar o processo", refere um comunicado do
partido colocado na sua página no Facebook.
"A bancada da Fretilin exige
aplicação de todas as medidas legais contra o autor destas ameaças e que tome
medidas para prevenir ameaças ou intenção de intimidar a oposição",
refere.
Maria Angélica Rangel explicou à
Lusa que foi diretamente visada pelas ameaças num dos momentos em que
intervinha no debate com o Governo e com o representante para os assuntos do
Mar de Timor, Xanana Gusmão, na passada terça-feira.
"Num dos momentos em que
estava a intervir no debate eu fiz mais uma pergunta a Xanana. E nesse momento
ele levantou-se e disse: aquela mulher que fala contra Xanana vai levar um tiro
na cabeça", explicou.
"Disse isso no momento em
que eu estava a intervir. Por isso foi uma ameaça direta a mim", afirmou.
A identidade do individuo
responsável pela ameaça deverá ser agora confirmada nas câmaras de segurança do
parlamento, disse.
Na nota hoje divulgada, a bancada
da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), apela a todos
os cidadãos para que estejam alertas e informem às autoridades sobre quaisquer
atividades que ameaçam o processo democrático e a segurança individual ou
pública.
ASP // FST
Na foto: A deputada da FRETILIN Maria Angélica Rangel
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