Macau, China, 14 ago 2020 (Lusa)
-- A versão chinesa de um guia para investir nos países africanos de língua
oficial portuguesa (PALOP) e em Timor-Leste foi lançada pelo Legis-PALOP+TL, em
parceria com a MacauLink, com o apoio de empresas e instituições de Macau.
Em comunicado, o grupo de 'media'
MacauLink descreveu o "Guia para Investir nos PALOP -- Formas de
Investimento Estrangeiro nos PALOP e Timor-Leste" como "uma
ferramenta prática" para se aceder a informação sobre seis ordenamentos
jurídicos: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste.
A coordenadora do Legis-PALOP+TL
disse que a versão chinesa desta publicação "é (...) essencial para
empreendedores, decisores políticos chineses e ativos ou potenciais investidores
na África de língua portuguesa e em Timor-Leste".
"Estamos certos de que esta
publicação ajudará em investimentos futuros nesses mercados", acrescentou
Teresa Amador, citada na mesma nota.
"É ainda mais extraordinário
que, num contexto difícil em todo o mundo, um grande investidor de Macau em
Portugal, uma importante instituição financeira de Macau e um dos centros de
pesquisa mais dinâmicos da RAEM se tenham unido para apoiar este lançamento",
precisou Gonçalo César de Sá.
Para o presidente executivo do
Banco Nacional Ultramarino (BNU), Carlos Cid Álvares, a publicação será uma
"ferramenta importante em termos de redução de riscos e incentivo aos
investidores (...) e promoverá ativamente os investimentos".
O presidente do Instituto de
Estudos Europeus de Macau, José Sales Marques, salientou que os investidores
poderão encontrar na publicação uma "estrutura relevante de investimento
estrangeiro, ambiente de trabalho, impostos e outras informações importantes sobre
leis e regulamentos úteis que contribuem para o sucesso dos negócios".
O empresário de Macau e produtor
de vinho em
Alenquer Wu Zhiwei afirmou que o guia vai facilitar um
"melhor entendimento da estrutura de negócios" dos países lusófonos.
A China estabeleceu a RAEM como
plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua
portuguesa em 2003.
Os países lusófonos e a China
registaram trocas comerciais de 51,8 mil milhões de dólares (43,8 mil milhões
de euros) nos primeiros cinco meses do ano.
O Brasil continua a ser de longe
o país lusófono com o maior volume de trocas comerciais com a China, garantindo
mais de 80% dos bens transacionados, seguindo-se Angola, Portugal, Moçambique,
Timor-Leste, Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe.
Sem comentários:
Enviar um comentário