Lisboa,
25 jun (Lusa) -- A diretora-geral da CPLP disse hoje que, enquanto plataforma
intercontinental para a concertação política e diplomática, o bloco lusófono
pode afirmar-se, cada vez mais, como um ator relevante no mapa global da
energia.
Georgina
de Mello intervinha no encerramento da I Conferência Energia para o
Desenvolvimento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no Centro
de Conferências do Estoril.
A
conferência, que aconteceu quarta-feira e hoje, demonstrou que a Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa "possui um considerável potencial para se
posicionar como um ator global na diplomacia da energia, bem como no mundo dos
negócios das energias.
"O
posicionamento geoestratégico e geopolítico, assim como as características
naturais de cada Estado membro da CPLP conferem à comunidade a capacidade de
posicionar-se enquanto interlocutor para a criação de negócios, para o
desenvolvimento das cadeias de valor, para a geração de riqueza e ainda
enquanto agente na produção de investigação, ciência e tecnologia", disse.
"Para
tal, importará que os Estados membros desenvolvam iniciativas e atividades que
promovam a cooperação neste setor e que posicione internacionalmente a CPLP
como importante ator na área", referiu ainda.
Segundo
Georgina de Mello, a CPLP é composta por países com realidades económicas e
sociais muito distintas e níveis desiguais de desenvolvimento, fator que deve
ser tomado em conta no planeamento das iniciativas futuras neste domínio.
"Ficou
igualmente reiterado (na conferência) o imperativo de um desenvolvimento
sustentável e inclusivo do setor de energia nos países da CPLP para aumentar a
segurança energética e garantir o acesso à energia limpa e sustentável nas
zonas rurais e urbanas da nossa comunidade, quer à famílias, quer às
comunidades, quer às empresas", salientou.
"Estamos
certos que a realização desta primeira conferência constitui um passo certo
para a criação da rede de energia da CPLP, anunciada pela primeira reunião dos
ministros da Energia, com vista à cooperação institucional entre organizações
dos Estados membros, como se pode constatar na declaração de Cascais",
disse.
Para
a diretora-geral, "a conferência possibilitou valorizar o papel político
económico e financeiro do setor da energia da CPLP, reconhecer o potencial
geoestratégico e geopolítico do setor à escala global, incrementar e melhorar
as condições de desenvolvimento de parcerias, do ambiente de negócios, do
investimento e dos modelos de cooperação, reforçar a produção de conhecimento e
a sua aplicação no setor e, finalmente contribuir para a criação de uma
cidadania global para a energia".
Georgina
de Mello referiu que na primeira reunião dos ministros da Energia da CPLP,
realizada no dia 23 de junho, em Cascais, e que antecedeu a conferência, foi
agendada para 2017 a realização da segunda edição.
"Eu
acredito que este poderia ser o 'timing' perfeito para a nossa 2.ª conferência
Energia para o Desenvolvimento da CPLP", afirmou.
No
evento, foi ainda aprovada uma declaração final da conferência, que será
posteriormente publicada pela CPLP.
CSR
// EL
Sem comentários:
Enviar um comentário