quarta-feira, 4 de novembro de 2015

China condena mais um alto quadro do PCC próximo de ex-chefe da Segurança


Pequim, 03 nov (Lusa) - Li Chongxi, um antigo aliado de Zhou Yongkang, o mais alto líder da China condenado desde a fundação da República Popular, em 1949, foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção.

O ex-presidente da Conferência Consultiva Política da província de Sichuan, no sudoeste da China, começou a ser investigado no ano passado, juntamente com outros altos quadros do Partido Comunista Chinês (PCC) vistos como próximos de Zhou.

Segundo a sentença do tribunal, Li recebeu subornos no valor de 11,1 milhões de yuan (1,5 milhão de euros) e todos os seus ativos pessoais foram confiscados, noticiou a imprensa estatal.

Li foi conselheiro de Zhou, ex-membro do Comité Permanente do Politburo do PCC, a cúpula do poder na China, onde tutelava o aparelho de segurança do país, incluindo polícias, tribunais e serviços de informação.

Nos últimos meses, vários aliados de Zhou foram detidos ou condenados, entre os quais Wang Tianpu, ex-presidente da petrolífera chinesa Sinopec, e Jiang Jiemin, ex-responsável pela supervisão das empresas estatais chinesas.

Hoje, a comissão de disciplina do PCC expulsou do partido e do exército dois altos cargos militares, Zhang Genheng e Li Wenli, confirmando o alargamento da campanha anticorrupção às forças armadas, até há pouco vistas como intocáveis.

Zhang era o chefe do regimento fronteiriço do exército chinês em Xinjiang, uma das províncias chinesas mais suscetíveis ao separatismo e frequente palco de incidentes violentos entre a minoria étnica muçulmana uiguir e o principal grupo étnico chinês han.

Li era o diretor do departamento militar do Gabinete de Segurança Pública na Mongólia Interior, noroeste do país.

Desde que subiu ao poder, em 2012, o atual líder chinês Xi Jinping prometeu "combater tanto as moscas como os tigres", numa alusão aos altos quadros do PCC que durante muito tempo pareciam agir com total impunidade.

JOYP // ISG

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